O português Samuel Barata detém desde o fim de semana a segunda melhor marca de sempre da meia maratona, mas mantém ambição de ficar cada vez mais perto e bater o recorde nacional vigente desde 1997.

“Daqui a semanas vou fazer, no dia 22 [de outubro], a meia maratona de Valência, com mais nível [em relação à última prova, em Riga]. São percursos diferentes, Valência tem fama de ser um percurso muito rápido. É mais uma oportunidade. Se chegar no meu melhor, posso aproximar-me e quiçá batê-lo”, declarou, em entrevista à Lusa.

Em 01 de outubro, no domingo, acabou em 26.º lugar a meia maratona dos Mundiais de estrada, na capital da Letónia, com um tempo de 1:01.29 horas, melhorando o recorde pessoal, que vinha desde fevereiro (1:01.40).

Este tempo, o melhor nacional do século XXI, fica atrás apenas de Luís Jesus, que em 1997 correu, na Eslováquia, uma meia maratona em 1:00.56 horas, deixando o atleta do Benfica a pouco mais de meio minuto de fazer história.

Apesar do bom resultado, a prova “não correu tão bem como esperava”.

O início nervoso, em corrida “com muitos atletas de nível semelhante”, fê-lo perder contacto com o grupo da frente ao quilómetro sete, num “grande ‘esticão’”, uma mudança de ritmo abrupta, e depois conseguiu melhorar a prestação, e a marca pessoal, mas não o almejado recorde nacional.

“Estou feliz, mas podia ser um bocadinho melhor. (...) Tenho de continuar a trabalhar e vou iniciar um período de treino mais fundo”, afirmou.

Como quer, reforçou, “bater mesmo o recorde nacional”, ou pelo menos aproximar-se mais e mais, tem em Valência nova tentativa, mas a disciplina que pratica “não é fácil”, exigindo muito ao nível “da preparação e da recuperação”.

Em setembro, erros de medição falharam a viabilização dos recordes nacionais de estrada dos 5.000 metros e 10.000 metros para o atleta do Benfica, em prova em Brasov, na Roménia.

Depois dessa “frustração”, levantou-se e registou nova marca de peso, procurando não só voltar a bater esses recordes de estrada, o da meia maratona, e ainda procurar marca na maratona, para se qualificar para os Jogos Olímpicos de Paris2024, “o grande objetivo”.