Na prova masculina, Cândido Costa superiorizou-se a Paulo dos Santos e a Válter Araújo, enquanto na feminina Sandra Soares Teixeira bateu Edna Lima e Aleida dos Santos.

Além da meia maratona, realizaram-se ainda provas dos veteranos, uma corrida de 10 quilómetros, uma dedicada a jovens e estudantes e aos atletas paralímpicos.

A Corrida da Liberdade assinala o 13 de janeiro, feriado nacional, data em que, pela primeira vez, em 1991, os cabo-verdianos exerceram o seu direito de voto nas primeiras eleições multipartidárias, após 16 anos em regime de partido único.

Instituída em 2009, a prova já levou à capital cabo-verdiana figuras do mundo desportivo a nível mundial como o já falecido Eusébio, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o ex-futebolista Pedro Mantorras, o judoca Nuno Delgado, ou as atletas Fernanda Ribeiro e Rosa Mota.

Este ano, o padrinho da corrida foi o antigo futebolista português de origem cabo-verdiana Neno, que nasceu cidade da Praia em 27 de janeiro de 1962.

O antigo futebolista considerou que o evento é um marco para o povo cabo-verdiano e, como tal, não poderia deixar de aceitar o convite para estar novamente na sua terra.

"Para mim é muito importante, porque, como cabo-verdiano que sou, sinto-me na obrigação de participar. Acho que a envolvência foi ótima, com grande fluxo de pessoas", afirmou Neno, citado pela Inforpress.

Em declarações à imprensa, o vereador do Desporto da Câmara da Praia, José Eduardo dos Santos, indicou que mais de 8.500 pessoas se inscreveram em todas as provas, um número que superou as expectativas da organização, que tinha previsto a participação de cerca de cinco mil pessoas.

O autarca disse que o próximo desafio da Câmara Municipal é colocar a Corrida da Liberdade na agenda internacional, atraindo mais atletas.

A Corrida da Liberdade foi orçada em 10 milhões de escudos cabo-verdianos (90 mil euros) e um milhão de escudos (9 mil euros) foram distribuídos em prémios.