Para chegar aos oitavos de final do Mundial2014, a seleção de Angola precisa hoje, quinta-feira, de uma vitória e esperar por um triunfo da Coreia do Sul para se manter no Mundial de basquetebol Espanha2014.
Este cenário colocaria os angolanos com duas vitórias e três derrotas, na quarta posição do grupo, suplantando os mexicanos que continuariam com apenas um triunfo. Os angolanos ocupariam o quarto lugar e cruzariam no sábado com os EUA, invictos no grupo C com cinco vitórias.
Entretanto, pode dar-se o cenário de ao cabo desta fase três equipas terem uma vitória apenas (Angola, México e Coreia do Sul). Neste caso, a FIBA determina que o desempate será pelo “goal average” (diferença entre cestos marcados e sofridos).
Neste Momento, antes das derradeiras partidas, as contendoras têm o seguinte saldo: México (- 18), Angola (-32) e Coreia (-96).
A Eslovénia, Lituânia e Austrália já estão qualificados, porém, nesta derradeira jornada, procurarão não apenas um resultado que lhes permita primeiro cruzamentos com o (grupo C dos EUA) menos complicado, mas também um saldo de pontos e uma classificação mais favoráveis.
Isso tem a sua importância já que o sistema de desempate e a classificação final da FIBA para as equipas eliminadas nos oitavos e quartos-de-final tem em conta os pontos marcados e sofridos na fase de grupo e a classificação final no respetivo grupo.
Frente a Eslovénia faltou um "bocadinho assim"
A seleção angolana exibiu-se ao seu melhor nível neste campeonato diante da Eslovénia para a quarta jornada grupo D do mundial de basquetebol espanha2014, mas a falta de sorte e pequenos deslizes na ponta final adiaram o segundo triunfo.
Apesar de ter perdido no primeiro minuto do jogo um dos seus principais jogadores, Cipriano, por ressentir de uma lesão no joelho esquerdo, Angola equilibrou e chegou mesmo a dominar a partida, numa tarde em que o jogo exterior voltou a aparecer, com uma apreciável marca de 44 por cento (sete marcados em 16 tentados).
As treze alterações na liderança do placar e os nove empates registados, o último dos quais a meio do último quarto (74-74) ilustram bem a luta travada no Gran canaria Arena, com a seleção angolana a jogar concentrada, totalmente transfigurada em relação ao jogo anterior.
A 21 segundo do fim do jogo, Roberto Fortes colocou com um triplo a partida com dois pontos de diferença (89-87), num jogo em que quer uma quer outra equipa chegaram a ter largos pontos de vantagem mas a outra sempre recuperou.
Angola chegou a uma diferença de 61-53 à entrada do terceiro quarto e a Eslovénia fez 84-74 a 3:29 do fim. Mas a turma de Paulo Macedo, sob comando de Fortes, Ndoniema e Moreira levou a expetativa à assistência e a tensão no seio do adversário ao repor o placar em dois pontos apenas de diferença (89-97) a 21 segundos do fim.
Porém, nestes escassos momentos da partida, falta de sorte na finalização, perdas de bola no ataque e faltas na defesa deitaram por terra um esforço do grupo que fez das fraquezas força para arrancar o triunfo que esteve ao seu alcance e seria importante para os objetivos embora não desse já a qualificação.
Esta foi a melhor partida disputada pelos angolanos, curiosamente, quando até sofreram uma baixa de vulto (lesão de Cipriano).
O marcador “viveu” intensamente o embate pois aos cinco minutos os eslovenos venciam por 10-9, mas ao cabo do primeiro quarto registava-se um empate a 17 pontos. Angola passou a frente aos 15 minutos (31-30), mas ao intervalo perdia por um (43-44). Retomou a liderança aos 25 minutos sempre por um ponto (54-53) e segurou-a até ao último interregno (3º quarto), quando vencia por 66-65.
O derradeiro período foi o que teve a maior diferença (parcial 21-28) e a cinco minutos os eslovenos tinha cinco pontos (79-74), diferença que chegou a ser reduzida mas o desfecho voltou a ser adverso aos campeões africanos, que terão a última “final” quinta-feira, diante da Austrália e com olhos no México-Coreia.
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