O responsável da NBA-África, Kita Matungulu, aconselhou os jogadores angolanos a seguirem outro percurso para atingirem a liga de basquetebolnorte-ameriano (NBA), que passa por entrarem primeiro pelo campeonato universitário.

Em entrevista à Angop, em Luanda, onde sexta-feira presidiu a cerimónia de apresentação do trofeu da NBA 2014, Kita Matungulu afirmou que os jogadores devem seguir mais cedo para o estrangeiro e não jogar tanto tempo no campeonato local.

"O jogador angolano gosta de jogar cá. No ano passado, Carlos Morais foi jogar no Toronto Raptors, mas depois voltou", declarou o responsável da NBA Africa.

No entanto, frisou que "isso não é um problema dos jogadores", tendo acrescentado que, na sua opinião, "nunca um jogador que atue em África por 5-10 anos vai entrar direco para a NBA. Porque há uma grande diferença".

Por isso, "é importante que os atletas saiam ainda jovens de África, primeiro para os campeonatos universitários e só depois tentar a NBA".

Por este facto, acrescentou, a NBA implementa o programa Basquetebol Sem Fronteiras, que é uma iniciativa da NBA para o desenvolvimento do basquetebol com uma forte componente de responsabilidade social.

Esta ação é composta por um campo de instrução de basquetebol para os melhores jogadores juvenis Africanos. Além da componente desportiva este campo desenvolve grandes esforços de sensibilização da comunidade, para a promoção da educação, liderança e vida saudável com foco na conscientização e prevenção do HIV/AIDS.

Kita Matungulu reconheceu que a competição em África é boa, em particular o campeonato angolano, porém, não suficientemente competitiva para permitir uma entrada direta. Daí que seja importante, na tenra idade aderir a programas como "Basquetebol Sem fronteiras".

Quatro jogadores angolanos tentaram entrar, sem sucesso, entrar na liga norte-americana de basquetebol, designadamente Gerson Monteiro, Victor Muzadi, Olímpio Cipriano e Carlos Morais.