O Campo das Enguardas converteu-se nos últimos dois meses no maior campo icónico de basquetebol de rua da Europa e é inaugurado na quinta-feira, numa iniciativa da Câmara Municipal de Braga e da ‘startup’ Hoopers.

“É o primeiro campo com dedicação exclusiva à prática do basquetebol de 3x3 no país e conta também com campos de 4x4, 5x5 e duas tabelas para treinar lançamentos. Tem uma área aproximada de 1.000 metros quadrados, e isso trouxe-nos o desafio de pensar como uma tela tão grande poderia ser trabalhada de forma distintiva”, explicou à agência Lusa André Costa, fundador da plataforma comunitária sediada em Lisboa.

Fundada em outubro de 2019, a Hoopers procurou mapear os campos urbanos de basquetebol ao redor da área metropolitana da capital, onde fica o Campo Mártires da Pátria, que recebeu pouco antes uma intervenção artística assinada por Aka Corleone, num projeto da Câmara Municipal de Lisboa, Underdogs e Galeria de Arte Urbana.

“Nesse processo de mapeamento percebemos que alguns campos estava num mau estado de conservação e uma das formas de ativação era torná-los icónicos, seguindo um movimento que cresce um pouco por todo o mundo e está relacionado com a pintura de campos de basquetebol e o cruzamento dessa arte urbana com o desporto”, apontou.

Após os contactos de Luís Rodrigues, diretor executivo da Startup Braga, a Hoopers propôs à autarquia liderada por Ricardo Rio “replicar um conceito idêntico”, tendo sido escolhido o antigo campo polidesportivo de São José, junto ao Bairro das Enguardas, com o objetivo de “requalificar o equipamento desportivo, social e cultural existente”.

“O projeto não se esgota na pintura do chão, que teve de decorrer sem chuva e com níveis de humidade bastante baixos para que a tinta fizesse o seu papel. Há toda a recuperação de áreas adjacentes por parte do município de Braga, além de intervenções nos balneários e nas bancadas e do reforço com árvores na zona envolvente”, frisou.

A Hoopers convidou o artista portuense Contra, alter ego de Rodrigo Gonçalves e membro do Colectivo Rua, que misturou referências à cidade de Braga, como atesta o predomínio do azul, a cor do brasão local, com o enquadramento daquela área residencial, onde crianças, jovens e adultos uniram-se à evolução do trabalho artístico.

“À medida que o campo era trabalhado, assistimos à presença crescente dos habitantes e até ao envolvimento do pequeno comércio da zona. Os próprios miúdos que ali brincam aperceberam-se do que estava a acontecer e vieram ajudar-nos. Estes projetos só fazem sentido se houver um envolvimento da comunidade local”, defendeu André Costa.

Aberto ao público de forma livre e gratuita, o Campo das Enguardas está preparado para acolher “práticas desportivas formais e informais” de clubes de basquetebol da região de Braga e visa fomentar a recuperação da modalidade no Sporting Clube Leões das Enguardas, num espírito urbano que a Hoopers deseja alargar até ao final do ano.

“Estamos a reunir com outros municípios nortenhos. Uma das nossas metas é trazer os praticantes para a rua e estas intervenções promovem dinâmicas sociais. Acreditamos que o campo de Braga será muito mais que um campo de basquetebol, formando um espaço de convívio da cidade e até um novo ponto de atração turística”, concluiu.

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