Começa esta quinta-feira a 27ª edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos, a decorrer em Malabo, Guiné Equatorial.
A prova será disputada por 12 equipas, de 29 de novembro a 8 de dezembro, e terá três formações angolanas à procura do lugar mais alto do pódio. Petro de Luanda, Recreativo do Libolo e 1º de Agosto vão tentar trazer a 9ª taça para Angola.
Olhando para o historial da prova, o domínio de Angola, mais precisamente do 1º de Agosto, é impressionante. Tal como acontece a nível de seleções onde Angola é rei e senhor, os "militares" com sete títulos e o Petro com um têm vindo a dominar a prova maior do continente africano em basquetebol.
Desde a primeira edição, realizada em 1972 na República Centro-Africana, as formações angolanas estiveram em 17 finais, a última delas no ano passado quando o 1º de Agosto perdeu o título para os tunisinos do Etoile Sportive du Sahel por 60-82.
Apesar da supremacia angolana na prova, só neste século é que um clube de Angola subiu ao lugar mais alto do pódio. Em 17 finais, o troféu apenas viajou para a terra do Palanca em nove ocasiões.
O domínio angolano depois de 2000 é avassalador e não sofre qualquer contestação. Um domínio que se estendeu também à seleção, uma vez que Angola venceu seis das últimas sete edições do Afrobasket de seleções.
O curioso é que na última edição da prova, tanto a nível de clubes como de seleção, Angola foi ultrapassada pela Tunísia.
Se atualmente o 1º de Agosto é rei e senhor no basquetebol africano, também é verdade que para chegar ao trono, os clubes angolanos tiveram de sofrer inúmeras desilusões, espelhadas nas oito finais perdidas. Neste aspeto, o Petro de Luanda é o grande "pé frio". Os "petrolíferos" perderam cinco das seis finais disputadas, duas delas para o arquirrival 1º de Agosto: em 2006 e em 2009. A outra equipa angolana a perder uma final foi o Intercube que em 2005 foi batido pelo Abidjan Basket Club da Costa do Marfim.
O único troféu do Petro foi ganho em 2006, numa final contra o 1º de Agosto. Uma espécie de vingança pelos dois títulos perdidos para os arquirrivais.
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