O basquetebolista português Neemias Queta considerou hoje que a temporada de estreia na Liga norte-americana (NBA) e o convívio com os melhores desportistas da modalidade ajudaram-no a evoluir para conquistar mais minutos de utilização no futuro.
“Treinar todos os dias com jogadores tão bons, que fazem sair o melhor de mim ajuda-me. Assim, no futuro, estou sempre a competir e, a cada dia, tenho uma oportunidade de jogar melhor e contra os melhores do mundo. Só me ajuda a melhorar”, afirmou à Lusa, numa iniciativa promovida por uma casa de apostas ‘online’, no porto de Lisboa.
Na época de ‘rookie’, Neemias Queta totalizou 119 minutos nos Sacramento Kings, em 15 encontros – num total de 82 na fase regular -, numa primeira experiência ao lado de jogadores que só admirava pela televisão, como LeBron James, dos Los Angeles Lakers.
“É uma sensação diferente jogar com uma pessoa que sempre gostei de ver jogar e que sempre foi um dos meus jogadores favoritos, mas, a partir do momento em que estamos dentro de campo, passa a ser a competitividade de sempre. É um jogador rival, quero jogar contra ele e levar a melhor”, sublinhou o jovem jogador, de 22 anos.
O primeiro português de sempre no principal campeonato de basquetebol do mundo mostrou-se grato por ter conseguido ‘abrir’ as portas da NBA a Portugal, esperando ter companhia no futuro, com mais basquetebolistas lusos a poderem alcançar o mesmo.
“É continuar a trabalhar para que, no futuro, possamos ter mais portugueses na NBA e continuar a evoluir no basquetebol, para que seja um dos desportos que marque o país”, frisou o atleta, que se iniciou no Barreirense, da cidade onde nasceu, e no Benfica.
Garantindo estar feliz em Sacramento e ter uma boa relação com os Kings, Neemias Queta afirmou que “é uma questão de tempo” até confirmar, ou não, a continuidade no clube, explicando também no que tem de evoluir para conquistar espaço no plantel.
“Mexer-me melhor no perímetro, para conseguir trocar com os bases. Quero evoluir em termos físicos, ganhar um pouco mais de peso, de forma a poder mexer-me melhor e poder ter mais coordenação dentro de campo”, enumerou o camisola ‘88’ dos Kings.
Na conferência de imprensa que antecedeu as entrevistas exclusivas com os diferentes órgãos de comunicação social, Neemias Queta explicou a “diferença grande” entre a NBA e o campeonato universitário (NCAA), sobretudo em termos físicos, analisando também a importância da G-League, onde jogou mais esta época, pelos Stockton Kings.
“Foi bom para mim estar na G-League, ter minutos de jogo e estar com bom ritmo a jogar. Cada vez que ia à equipa principal, tinha bons treinos, aprendia com os mais velhos e percebia o que era preciso para ter condições para fazer uma boa carreira na NBA”, disse, admitindo ser “um estilo de vida diferente”, com condições “muito boas”.
Apesar da escassa utilização na NBA, terminando com uma média de oito minutos por jogo – entre aqueles que jogou -, Neemias Queta desvalorizou os números, mostrando crença de que poderá ter oportunidades e que terá de trabalhar para estar preparado.
“Nesses 119 minutos [jogados], consegui encaixar-me bem na liga e não parecer uma peça à parte, mas ainda tenho muito pela frente para conseguir singrar”, expressou.
Um dos principais objetivos de Queta assenta na conquista de um prémio de jogador defensivo do ano na NBA, que um treinador lhe disse que podia alcançar.
“Dá-me uma motivação para continuar a trabalhar. Sei que tenho muito pela frente, mas é uma espécie de meta. É continuar a trabalhar para não fazer dele um mentiroso”, atirou.
Em relação à seleção nacional, Neemias Queta revelou fazer parte dos seus objetivos a curto prazo ajudar Portugal “a chegar ao mais alto nível”: “É uma questão de tempo, algo muito próximo. Quero muito fazer parte da seleção. Temos todas as condições para, num futuro a médio ou longo prazo, realizarmos bons campeonatos europeus”.
A meio da iniciativa, que também contou com a presença dos basquetebolistas Diogo Brito e Márcia Costa, os três profissionais jogaram uma breve partida ‘3x3’ frente a algumas figuras públicas, onde Neemias Queta ainda brilhou com uns ‘afundanços’.
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