A direção da Federação Portuguesa de Basquetebol vai reunir-se, de urgência, no domingo, para analisar as implicações do adiamento, hoje, de alguns jogos das ligas masculina e feminina devido à ausência de árbitros e oficiais de mesa.
Confirmou-se, assim, o boicote anunciado pela Associação de Juízes de Basquetebol, embora alguns árbitros tenham comparecido aos jogos de livre vontade e outros, como é o caso dos juízes internacionais, tenham apitado para evitarem sanções por parte da Federação Internacional.
Em causa está uma dívida da federação aos árbitros que já ultrapassou os 137 mil euros. E nem o facto de a FPB ter liquidado recentemente uma 'tranche' da dívida impediu a ausência de alguns juízes.
"O basquetebol deveria ser notícia pela positiva e não porque alguns jogos não se realizaram. A direção da federação vai reunir-se no domingo de manhã e só depois é que tomará uma posição pública sobre o assunto", disse à agência Lusa Manuel Fernandes, presidente da FPB.
O presidente do Conselho de Arbitragem admitiu que a situação é muito desagradável e que o organismo a que preside tem de se manter "neutro" relativamente a esta situação.
"Para mim, o basquetebol está acima de tudo. Quem gosta da modalidade não pode estar contente com o adiamento de alguns jogos dos principais campeonatos nacionais", sublinhou Rui Valente.
Foram adiados, para data ainda a acertar pelos clubes e FPB, os embates Benfica-Vitória de Guimarães e Ovarense-Maia Basket, da Liga masculina. Na principal competição feminina foi adiada a partida entre o Torres Novas e a União Sportiva.
Para domingo, está agendada a segunda ronda da fase regular da Liga masculina, com os duelos Maia Basket-Benfica, Barcelos-Eléctrico de Ponte de Sor, Galitos Barreiro-CAB Madeira, Oliveirense-Lusitânia e FC Porto-Ovarense.
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