
A ex-internacional portuguesa e treinadora Mery Andrade foi nomeada por unanimidade na sexta-feira como associada de mérito da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), numa Assembleia Geral (AG) do organismo realizada em Albufeira.
“Em Portugal, brilhou pela formação da Quinta dos Lombos em 2013 e 2014, com duas Taças de Portugal e um campeonato no palmarés. A atual treinadora-adjunta dos Toronto Raptors, da Liga norte-americana masculina (NBA), cargo que ocupa desde 2023, deixou no nosso país e modalidade um legado memorável, com títulos nacionais e internacionais, com destaque para as cinco temporadas em que representou emblemas da Liga norte-americana feminina (WNBA)”, lê-se numa nota emitida no sítio oficial da FPB na Internet.
Mery Andrade, de 49 anos, foi a segunda portuguesa a competir na WNBA, após Ticha Penicheiro, ao representar as Cleveland Rockers (1999-2002) e as Charlotte Sting (2004).
Em setembro de 2023, quase uma década depois de ter terminado a carreira de jogadora, tornou-se a quinta mulher da história a integrar uma equipa técnica na NBA, passando a coadjuvar o sérvio Darko Rajaković nos canadianos Toronto Raptors, campeões em 2019.
Além da nomeação de Mery Andrade, nascida em Cabo Verde e irmã do ex-internacional luso Carlos Andrade, Armindo Pereira, presidente da associação de Setúbal há quase 40 anos, foi proposto para sócio de mérito da FPB, cuja AG aprovou a ata da última reunião magna, tal como o relatório e contas do exercício de 2024, com apenas duas abstenções.
O documento apresentou um resultado líquido negativo de 312 mil euros, numa melhoria face aos 370 mil euros registados em 2023, com o presidente do organismo, Manuel Fernandes, a enaltecer a subida do número de praticantes, que atinge os 31.500 e lança uma “tendência para haver desenvolvimento e aumento da massa crítica sustentável”.
“Falamos não só dos números do quadro humano, mas de todas as outras coisas. Demos um salto enorme e isto é trabalho de todos: treinadores, jogadores, dirigentes, associações e clubes. Não há cá varinhas de condão, tem de ser um trabalho coletivo e estamos a consegui-lo”, avaliou, elogiando ainda a presença de Portugal no próximo verão nas fases finais dos Europeus masculino, que já disputou em 1951, 2007 e 2011, e feminino, em estreia.
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