A liga norte-americana de basquetebol confirmou hoje que a abertura da época 2020/2021 vai ser transmitida, na íntegra, na China, através do grupo chinês de tecnologia Tencent, com quem a NBA tem parceria.

A direção da liga informou ainda que está a estudar a possibilidade de voltar a competir fora dos Estados Unidos, na época 2021/2022.

O vice-comissário da NBA, Mark Tatum, disse que a liga está a estudar a possibilidade de as equipas voltarem a competir na Europa e na China, quando a pandemia do novo coronavírus for superada.

Esta época, a única deslocação prevista é o possível retorno dos Toronto Raptors ao Canadá e só depois de março.

Tradicionalmente, a NBA disputa jogos da pré-época na China e alguns jogos da época regular no México e na Europa.

Os planos para esta época previam um jogo em Paris, mas a pandemia obrigou a que fosse adiado.

"Antecipamos que, assim que for saudável e seguro, voltaremos a ter uma programação de jogos internacionais durante a pré-época e a época regular", apontou Tatum.

Os jogos da NBA permaneceram disponíveis na China, através das plataformas da Tencent, na época passada, e apesar das tensões entre a liga e o Governo chinês.

Em outubro de 2019, o então diretor executivo dos Houston, Daryl Morey, manifestou apoio aos protestos antigovernamentais em Hong Kong, numa mensagem difundida na rede social Twitter, o que suscitou retaliações por parte da China.

O canal de televisão estatal CCTV, por exemplo, suspendeu a transmissão dos jogos da NBA durante um ano. A CCTV voltou a transmitir a NBA nos dois últimos jogos das Finais, que foram disputados em outubro passado.

O comissário Adam Silver admitiu, em fevereiro passado, que o veto da China custou à liga 400 milhões de dólares (328 milhões de euros) em perdas de receitas.