O presidente da Agência Mundial de Antidopagem (AMA), John Fahey, afirmou hoje que o fato de Lance Armstrong ter desistido de lutar contra as acusações de doping é o reconhecimento que as mesmas «tinham substância».
Em declarações à agência Associated Press, John Fahey considerou que a Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) agiu de forma correta ao retirar os sete títulos conquistados na Volta à França e irradiar o norte-americano.
«[A USADA] Tem agora o direito de aplicar as sanções que serão reconhecidas por todos os países que se regulam pelo código da AMA», explicou o dirigente.
Lance Armstrong anunciou quinta-feira que desistiu de lutar contra as acusações de dopagem que enfrenta há dez anos e perdeu os títulos que venceu na Volta a França.
«Chega uma altura na vida de qualquer homem em que temos de dizer ‘já chega’ e para mim esse momento é agora», disse o ciclista em comunicado divulgado pela imprensa norte-americana.
Armstrong, de 40 anos, justificou a decisão com os efeitos que esta luta teve sobre a sua família e trabalho.
A Agência Antidopagem dos EUA (USADA) anunciou entretanto que o ciclista perdeu, na sequência da sua decisão, os sete títulos que venceu na Volta a França e que foi banido de forma permanente da modalidade.
A 29 de junho, a USADA decidiu acusar formalmente Armstrong de dopagem, bem como dois médicos espanhóis, Pedro Celaya Lezema e Luis García del Moral, o treinador Pepe Martí, o assistente médico italiano Michele Ferrari e o diretor desportivo belga Johan Bruyneel.
Armstrong continua a alegar que é inocente, mas a USADA disse que pelo menos 10 ex-colegas de Armstrong podiam testemunhar contra ele e que existiam testes sanguíneos «totalmente consistentes» com amostras de dopagem.
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