O ciclista espanhol Alejandro Valverde (Movistar) tornou-se hoje no recordista de vitórias da Flèche Wallonne, na Bélgica, ao ser, pela quarta vez, o mais forte no Muro de Huy, onde o português Rui Costa (Lampre-Merida) a ser décimo.
Nuns quilómetros finais ‘frenéticos’, nos quais a frente da corrida não parou de mudar e os portugueses Rui Costa, sempre colocado lado a lado com os principais favoritos, e Tiago Machado, irrepreensível no trabalho para o seu líder Joaquim Rodríguez (Katusha), estiveram em destaque, Valverde voltou a demonstrar ser o que melhor lida com a ‘explosiva’ subida final, superiorizando-se a Julian Alaphilippe e Daniel Martin, ambos da Etixx-QuickStep.
Rui Costa, que ‘descolou’ nos metros finais, fechou o ‘top 10’, a cinco segundos do trio da frente, que cumpriu os 196 quilómetros entre Marche-en-Fammene e o Muro de Huy em 04:43.57 horas.
No Muro de Huy, uma subida de 1.300 metros com uma pendente média de inclinação de 9,6 por cento, o espanhol da Movistar esperou pelos últimos 300 metros para lançar o ataque decisivo, já depois de uma aceleração de Rodríguez, e anular a curta distância do irlandês Daniel Martin, que teve de contentar-se com o terceiro posto, atrás do colega francês Alaphilippe, segundo como em 2015.
Valverde, de 35 anos, tinha igualado no ano passado o recorde de triunfos detido por outros quatro ciclistas, os belgas Marcel Kint e Eddy Merckx e os italianos Moreno Argentin e Davide Rebellin.
“Esta é verdadeiramente a minha corrida. Sentia-me mais nervoso do que de costume, não queria falhar. Calculei bem a distância para lançar o ataque”, congratulou-se o murciano.
Uma vez mais, a segunda ‘clássica’ do tríptico das Ardenas foi decidida na subida final, tornando infrutífero o esforço de dez ciclistas que formaram a fuga do dia ao quilómetro 55.
Destes, destacou-se o britânico Stephen Cummings (Dimension Data), que se isolou a 27 quilómetros da meta, mas foi alcançado uma dezena de quilómetros mais à frente, graças ao trabalho da Movistar e da Katusha, impulsionada por Machado (foi 101.º, a 05.11 minutos do vencedor).
Foi aí que Rui Costa assomou à frente do grupo, surgindo entre os candidatos ao triunfo. O campeão nacional de fundo perdeu o contacto já nos últimos metros, quando Valverde acelerou para a vitória, mas conseguiu a sua melhor classificação de sempre na Flèche Wallone.
O seu irmão e colega Mário Costa foi 118.º, a 06.58 minutos de Valverde.
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