O italiano Alessandro Petacchi, um dos melhores velocistas do pelotão mundial na última década, anunciou hoje a retirada do ciclismo, depois de 18 anos como profissional, em «busca de novos desafios» e o desejo de aproveitar mais da família.

«Cheguei às 200 vitórias na carreira, sinto que a minha vida chega a um momento singular, um ponto de viragem em que sinto a necessidade de encontrar uma nova dimensão e ter mais tempo para dedicar à minha família», disse o velocista num comunicado publicado no sítio oficial da sua equipa Lampre-Merida.

AleJet, alcunha pela qual era conhecido, afirmou ainda que a sua carreira de 18 anos foi sempre «cheia de alegrias» e «enriquecida» com muitas vitórias importantes.

«Agora, quero dizer adeus a todos os fãs de ciclismo, considerando que talvez haverá uma oportunidade de voltar um dia a fazer parte do mundo que me deu tanto, oferecendo a minha experiência para as novas gerações de ciclismo», disse ainda.

Petacchi, que vestia as cores da Lampre desde 2010, venceu as clássicas Milão-San Remo (2005), Paris-Tours (2007) e ainda seis etapas do Tour de França (e a camisola verde em 2010).

Durante a sua carreira, iniciada em 1996, Pettachi conta com 22 vitórias em etapas no Giro de Itália, as seis primeiras de uma só edição, em 2003. No ano seguinte, AleJet impôs-se por nove ocasiões, todas elas ao “sprint”.

No Giro de 2007 teve um controlo antidoping positivo, a salbutamol. Foi, então, suspenso por um ano pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) depois de ter sido ilibado, em primeira instância, pela federação italiana de ciclismo.