O ciclista norte-americano Lance Armstrong foi a última grande “estrela” do desporto a cair do “pedestal” devido ao doping, que, entre outros, também “apanhou” Ben Johnson, Diego Armando Maradona ou Marion Jones.
Ao confessar, numa entrevista a Oprah Winfrey, que se dopou ao longo de uma carreira marcada pela conquista de sete edições do Tour, entretanto subtraídos ao seu palmarés pela UCI, Lance juntou-se, em definitivo, ao lote de grandes ídolos do desporto “destronados” pelo uso de substâncias proibidas.
O primeiro grande caso aconteceu em 1988, nos Jogos Olímpicos realizados em Seul, onde o velocista canadiana espantou o mundo, com um impressionante registo de 9,79 segundos na final dos 100 metros, à frente do norte-americano Carl Lewis.
O estrondoso recorde mundial, numa altura em que nenhum outro atleta baixara dos 9,90 segundos, durou, no entanto, escassos dois dias, já que o teste de urina de Ben Johnson acusou a presença do esteroide estanozolol. O treinador confessaria, depois, que Ben se dopava há muito, desde 1981.
Foi na segunda grande competição planetária, o Mundial de futebol, que surgiu outro caso de doping que abalou o desporto: Diego Armando Maradona, então o incontestável “rei”, acusou efedrina após um encontro com a Nigéria (2-1).
Maradona, que havia levado a Argentina às finais de 1986 e 1990 - uma ganha e outra perdida, com a Alemanha -, deixou os Estados Unidos em choque, ele que havia começado a prova em grande, com um tento na goleada face à Grécia (4-0).
A outra grande figura a cair em desgraça foi a velocista norte-americana Marion Jones, que, em 2007, confessou ter disputado os Jogos Olímpicos de Sidnei’2000, nos quais conquistou cinco medalhas (100, 200, 4x100 e 4x100 metros e comprimento), sob o efeito de esteroides anabolizantes.
Lance Armstrong, Ben Johnson, Diego Armando Maradona e Marion Jones serão os maiores casos de doping no desporto, mas muitos outros foram apanhados ou simplesmente confessaram, sendo o ciclismo "omnipresente" neste tipo de casos.
O espanhol Alberto Contador perdeu por doping, nunca confessado, o Tour de 2010 e o Giro de 2011, e outros vencedores da prova gaulesa também estiveram envolvidos em vários casos, como o italiano Marco Pantani, o norte-americano Floyd Landis, o alemão Jan Ulrich ou o dinamarquês Bjarne Riis.
Foram muitas as buscas e os casos, como o “Caso Festina”, a “Operação Puerto” ou o “Caso Cofidis”.
O atletismo também deu muitos “contributos”, como Justin Gatlin, Tim Montgomerie, Dwain Chambers, Konstantinos Kenteris, Ekaterina Thanou ou Alex Schwazer.
Alguns ficaram, para a eternidade, sob suspeita, especialmente a velocista norte-americana Florence Griffith-Joyner (ainda recordista mundial dos 100 e 200 metros, com inalcançáveis 10,49 e 21,34), mas também Marita Koch, Jarmila Kratochvilova ou várias atletas chinesas, como Qu Yunxia e Wang Yunxia.
O halterofilismo também foi sempre uma fonte inesgotável de casos de doping, que apareceu igualmente em modalidades mais “elitistas”, como o ténis, por intermédio do norte-americano Andre Agassi ou da suíça Martina Hingis.
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