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André Cardoso e Adam Hansen (Lotto) foram os mais persistentes do grupo.
O ciclista italiano Fabio Aru, da Astana, foi este domingo o mais forte na subida de Plan di Montecampione, na Volta a Itália, o que lhe permitiu subir ao quarto lugar da geral e entrar na luta pela vitória final.
Aru ganhou a etapa, de 225 quilómetros, dos quais os últimos 20 sempre em subida, em 5:33.06 horas, deixando a 21 segundos o colombiano Fábio Duarte (Colombia). Um segundo atrás vinha outro colombiano, Nairo Quintana (Movistar), favorito ao triunfo no Giro, acompanhado pelo francês Pierre Rolland (Europcar).
O camisola rosa, o também colombiano Rigoberto Uran (Omega Pharma-QuickStep) seguiu com os primeiros na última parte da subida, para só descolar nos quilómetros finais - uma perda perfeitamente controlada, já que foi quinto, a 42.
Pior esteve o segundo da geral, que já foi líder do Giro, o australiano Cadel Evans, décimo na tirada, a 1.03, e o terceiro, o polaco Rafal Majka (Tinkoff-Saxo), sexto a 52 segundos.
Na véspera do dia de descanso, quando passam a faltar seis etapas para a consagração em Trieste, a 01 de junho, Uran segue em primeiro, com Evans já a 1.03, Majka a 1.50 e Aru - agora o melhor dos italianos em prova - a 2.24. Nairo Quintana, que é quinto 2.40, ainda não se terá dado por vencido.
O português André Cardoso (Garmin) integrou a principal fuga do dia e chegou ao início da subida de Plan di Montecampione na frente, sendo somente alcançado pelo grupo principal, a menos de 10 quilómetros da meta.
Já sem hipóteses de lutar pela vitória na tirada, Cardoso ainda deu uma ajuda ao canadiano Ryder Hesjedal – 9.º na etapa e 11.º da geral -, quando o seu líder passou um pouco menos bem, e foi 18.º no final da escalada, a 3.13 de Aru. Na geral, subiu um lugar, para 28.º, a 30.24 de Uran, naquela que é a sua estreia no Giro, aos 29 anos.
Lutou muito, André Cardoso, já que iniciou a sua "aventura" antes do quilómetro 20, integrando um grupo de nove unidades, que depois foi crescendo até aos 12 e chegou a ter um avanço máximo de pouco mais de sete minutos.
André Cardoso e Adam Hansen (Lotto) foram os mais persistentes do grupo, subindo já sozinhos no Plan di Montecampione, quando o grupo do camisola rosa se aproximava de forma clara.
A 13 quilómetros da meta André Cardoso ficou sozinho, depois na companhia do colombiano Julien Arredondo (Trek). A nove quilómetros, quando o irlandês Philip Deignan (Sky) passou por eles "sem parar", finalmente desistiu do esforço.
Estava então lançada a luta entre os melhores trepadores. O "golpe" decisivo foi o esticão de Aru, a 2,6 quilómetros da meta, a que apenas foram respondendo como puderam os três colombianos, Aru, Quintana e Duarte, e ainda o francês Pierre Rolland.
Na terça-feira, após o dia de descanso, a fase decisiva da corrida abre com uma etapa, a 16.ª, que praticamente não tem momentos planos entre Ponte de Legno e Val Martello (139 km), e na qual, antes da subida final, os corredores passam nos “gigantes” alpinos Passo di Gavia (2.618 m) e Passo dello Stelvio (2.748), a Cima Coppi deste Giro, ou seja, o seu ponto mais elevado.
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