O ciclista britânico Bradley Wiggins, vencedor da Volta a França de 2012, considerou hoje que a hipotética admissão de recurso ao doping de Lance Armstrong será «ótima» e ao mesmo tempo «má» para o desporto.
«Há muita gente zangada com isso. Precisam de um ponto final, porque estão a batalhar há muito por ele», disse o campeão olímpico de contrarrelógio numa entrevista à Sky News.
Para o líder da Sky, caso se confirme que Lance Armstrong revelou a Oprah Winfrey ter-se dopado ao longo da sua carreira, «será um ótimo dia para muita gente e um dia algo triste para o desporto».
«Têm sido uns meses tristes [para o ciclismo]. Os anos 1990 quase não existem agora», prosseguiu Wiggins, indicando que a modalidade perdeu uma década devido aos inúmeros casos de doping registados nessa altura e que têm vindo sucessivamente a público.
Segundo os jornais New York Times e USA Today, durante a entrevista a Oprah Winfrey, Lance Armstrong terá admitido pela primeira vez o uso de substâncias proibidas durante a carreira.
A alegada confissão, divulgada pelos jornais, não foi confirmada por Oprah, que destacou a «boa preparação» de Armstrong para a entrevista, a primeira desde que a União Ciclista Internacional decidiu, em outubro de 2012, retirar-lhe os sete títulos do Tour e irradiá-lo da modalidade.
A decisão da UCI foi tomada depois de a Agência Antidoping dos Estados Unidos ter acusado Lance Armstrong, de 41 anos, de levar a cabo o «programa de doping mais sofisticado da história do desporto» no seio da equipa US Postal e da equipa sucessora, a Discovery Channel.
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