O ciclista suíço Fabian Cancellara (Trek-Segafredo) despediu-se hoje da ‘clássica’ Paris-Roubaix, que venceu em três ocasiões, num modesto 40.º lugar, depois de ter caído. “Uma queda mais, não muda nada. A Roubaix é uma corrida muito particular. A jornada começou bem, terminou pior, mas estou contente”, analisou ‘Spartacus’.

O suíço de 35 anos caiu a 65 quilómetros da meta, no décimo dos 27 setores de ‘pavé’ espalhados pelo percurso de 257,5 quilómetros entre Compiègne e Roubaix, e perdeu definitivamente a hipótese de igualar o recorde de vitória na ‘rainha’ das ‘clássicas’, detido por Tom Boonen e Roger De Vlaeminck. “É preciso sorte para ganhar aqui e hoje não tive sorte. É assim! O Paris-Roubaix é verdadeiramente o ‘Inferno do Norte’”, acrescentou.

Vencedor em 2006, 2010 e 2013, Cancellara entrou no velódromo de Roubaix em ritmo de passeio, acenou ao público e agradeceu os aplausos. Cortada a meta, preparou-se para cumprir uma volta de honra, com uma bandeira suíça na mão, interrompida por nova queda, que o fez deslizar na pista. Recuperado do susto, abraçou elementos do público, de sapatos na mão, antes de descer a pista para abraçar a mulher e filhas.

A despedida de Fabian Cancellara do ‘Inferno do Norte’ ficou também marcada pelo adeus de Yaroslav Popovych ao ciclismo.

Tido como uma das grandes esperanças do pelotão no início dos anos 2000, o ucraniano, que foi terceiro no Giro2003 e venceu a classificação da juventude no Tour2005, despede-se do pelotão sem nunca ter confirmado as potencialidades que lhe eram apontadas.

Apontado como o sucessor de Lance Armstrong, de quem foi fiel escudeiro, Popovych, cuja última vitória como profissional aconteceu no Paris-Nice de 2007, abandona o ciclismo aos 36 anos, depois de 15 épocas como profissional e de ter liderado, em 2010, a lista de corredores suspeitos de práticas dopantes elaborada pela União Ciclista Internacional (UCI).