O britânico Mark Cavendish (Deceuninck-Quickstep), segundo ciclista com mais vitórias na história da Volta a França, assegurou, na passada quarta-feira, que não pensa em alcançar o recorde de 34 triunfos do belga Eddy Merckx na 108.ª edição da prova francesa.

“Sei que ganhar uma etapa já será difícil. Nem penso nisso”, respondeu ‘Cav’, ao ser questionado sobre a hipótese de igualar o ‘Canibal’ neste Tour.

O ciclista da Ilha de Man, de 36 anos, conta com 30 triunfos em etapas na ‘Grande Boucle’, mas já não ergue os braços na prova francesa desde 2016, tendo sido chamado pela equipa belga para substituir o irlandês Sam Bennett, vencedor da classificação por pontos na última edição da Volta a França, que não poderá defender a ‘sua’ camisola verde por estar lesionado no joelho direito.

“Não preparei especificamente a Volta a França, foi uma convocatória de última hora”, notou, para justificar a sua renitência relativamente ao ‘assalto’ ao recorde de Merckx.

Embora tenha reiterado que ter sido escolhido para estar no Tour já é “um sonho”, Cavendish admitiu que gostaria de vencer nas chegadas a Fougères (quarta etapa) e Châteauroux (sexta), locais onde já se impôs em edições anteriores da corrida francesa.

“Corri com a maioria dos ‘sprinters’ e bati a maioria daqueles que aqui vão estar há uma semana [na Volta à Bélgica]. Isso dá-me confiança e dá confiança aos rapazes à minha volta”, concluiu.

A mudança para a Deceuninck-Quickstep representou um novo ‘fôlego’ na carreira de ‘Cav’, que, em abril, na Volta à Turquia, pôs fim a uma série de 1.159 dias sem vencer e, desde então, somou mais quatro triunfos.

Desde 2018 que o britânico não participava na Volta a França, cuja 108.ª edição arranca no sábado, em Brest, e termina em 18 de julho, em Paris.