A centésima Volta a França de bicicleta vai contar com os "monstro" Mont Ventoux e duas passagens no Alpe d’Huez e o inédito Semnoz, na véspera da chegada, desta feita noite dentro, aos Campos Elíseos, em Paris.

Na apresentação formal do percurso, o diretor da maior corrida velocipédica do Mundo, Christian Prudhomme revelou que o Tour vai voltar à sua essência, aos locais míticos que lhe deram a fama, com menos quilómetros de contrarrelógio individual – 65 em duas etapas, face ao total de 101,4 de 2012.

Com a presença dos quatro últimos vencedores e favoritos ao triunfo final da Próxima “Grande Boucle” - o espanhol Alberto Contador, o luxemburguês Andy Schleck, o australiano Cadel Evans e o britânico Bradley Wiggins – foram anunciadas as 21 etapas, em solo francês, com a partida inédita da ilha da Córsega.

Uma das jornadas mais emblemáticas vai ser a ascensão ao Mont Ventoux (15.ª tirada) em pleno 14 de julho, feriado nacional gaulês pela Tomada da Bastilha, quatro dias após o primeiro “crono” (33 km).

O final de 21,5 quilómetros e 7,5 por cento de pendente média do “Gigante da Provença”, após três anos sem ver a caravana, aparecerá diante dos corredores com mais de 200 quilómetros nas pernas, já que se trata da tirada mais longa desta edição (242 km).

O segundo contrarrelógio individual está situado a quatro dias do final, na véspera de o pelotão enfrentar o Alpe d’Huez (13 quilómetros, a 8,3 pc), numa 18.ª etapa com duas passagens por aquele ponto histórico.

O norte-americano Lance Armstrong, recordista de triunfos na prova francesa (sete, entre 1999 e 2005), mas recentemente desapossado das referidas camisolas amarelas, venceu duas vezes no topo do Alpe d’Huez.

O penúltimo dia, embora seja o derradeiro em termos de competição, vai estrear a subida a Semnoz (11 km, a 9 pc), antes da consagração noturna – outra inovação – numa capital francesa vestida de gala e com fogo-de-artifício para receber o desgastado pelotão.