Chris Horner ainda está a digerir a atenção que a vitória na última Volta a Espanha em bicicleta lhe trouxe como consequência, mas não podia estar mais feliz por estar na Lampre-Merida, a "equipa perfeita", e por ter pernas para mais.

Para falar com o veterano norte-americano é preciso esperar. Uma, duas, três fotos, todas com diferentes fãs do ciclista da Lampre-Merida, radiantes por verem o seu ídolo “in loco” em Portugal.

"Tem sido muito bom, toda esta atenção que tenho recebido depois da Volta Espanha. Em casa, nos Estados Unidos, e no mundo do ciclismo as reações são muito boas", confirmou à agência Lusa.

Simpático e acessível, o corredor de 42 anos não deixou que a vitória numa das grandes Voltas do calendário internacional o mudasse, atendendo a todos com um sorriso rasgado.

A única alteração na vida de Horner foi mesmo a nível competitivo: "Quando ganhas uma grande Volta, já está. A tua carreira está fechada, não precisas de fazer mais nada. Mas, por outro lado, ficas com vontade de mais, de ganhar mais. Estabeleces novos objetivos".

Não contente com uma Vuelta no seu currículo, o norte-americano vai ao Giro e à Vuelta para tentar repetir um feito atingido já com 41 anos, deixando a Volta a França para Rui Costa.

"O Rui é um tipo impecável, muito fácil de se lidar. Tem boas hipóteses aqui no Algarve. Viu o que ele fez ontem [quarta-feira]? Terminar em segundo numa etapa de montanha é uma coisa, mas ser segundo num sprint em pelotão? Está numa forma fantástica", salientou.

Depois de vários meses de incerteza quanto ao seu futuro - a RadioShack tornada Trek optou por não contar consigo mesmo após o triunfo na geral da Vuelta -, Horner encontro na Lampre-Merida a "equipa perfeita".

"Temos o Rui e eu para as grandes Voltas, o [Damiano] Cunego para as montanhas, o Sacha [Modolo] para os sprints... e esta época não podia estar a correr melhor: em quatro corridas já temos duas vitórias", realçou.

"The Hornet" está satisfeito com "um bom grupo", em que toda a gente está motivada e com vontade de ganhar, sobretudo aqui, na 40.ª Volta ao Algarve, que termina domingo em Vilamoura.