Frederico Figueiredo saiu do Tavira à procura de uma estabilidade que encontrou na Efapel, assumiu hoje em declarações à Lusa o ciclista português, que foi terceiro classificado na edição especial da Volta a Portugal.
“Decidi sair do Tavira, porque estava na altura de mudar de ares. Quando falaram comigo, ainda não tinham propostas concretas, e seria mais um ano a esperar até aos últimos dias de novembro e isso não traz estabilidade nenhuma para a carreira. Se no ano passado esperei até muito tarde, este ano decidi não o fazer, porque também não vi uma confiança tão grande por parte da equipa. Não quer dizer que não estivessem interessados em renovar, mas senti que não tinha a confiança do ano anterior e foi isso que me levou a sair”, explicou.
No entanto, o trepador de 29 anos só tem palavras de agradecimento para as pessoas do conjunto algarvio, que representou nas últimas quatro temporadas, primeiro enquanto Sporting-Tavira (2017-2019) e, depois, como Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel (2020), e onde deixa “muitos amigos”.
O terceiro classificado da edição especial da Volta a Portugal, que decorreu entre 27 de setembro e 05 de outubro, chegou a ter contactos para emigrar, mas “as coisas não se proporcionaram”.
“Se calhar não ter um empresário conta um bocadinho, e eu, como não tenho, não consegui dar esse salto. Era uma coisa que queria, principalmente por poder correr um calendário mais internacional. Mas enquanto há vida, há esperança. O contacto ficou e poderá até, numa próxima oportunidade, vir a concretizar-se”, completou.
Foi aí que apareceu a Efapel, “um projeto com cabeça, tronco e membros e com um patrocinador forte” e “uma equipa que está sempre na luta pelas corridas”.
“A nível financeiro, a proposta foi muito boa, com uma estabilidade de dois anos, e isso também conta muito”, admitiu o ciclista de São João de Ver, esclarecendo à Lusa que, apesar do seu lugar no pódio na última Volta a Portugal, a liderança da equipa nessa corrida caberá a António Carvalho.
Frederico Figueiredo pensa que a formação de Ovar se reforçou bem, mas escusa antever se a Efapel vai conseguir, finalmente, derrotar a W52-FC Porto na prova rainha do calendário nacional.
“A W52-FC Porto tem uma estrutura muito boa, não é por acaso que têm ganho as últimas edições da Volta. Se vamos conseguir bater a W52, só iremos ver na estrada. Vamos trabalhar para o fazer”, prometeu, prognosticando uma luta a três, com a sua antiga equipa, que foi buscar Gustavo Veloso, duas vezes vencedor da Volta e segundo classificado na edição especial, aos ‘dragões’.
Trepador de créditos reconhecidos, Figueiredo, que começou a sua carreira na Rádio Popular-Boavista (2014-2016), vai representar a Efapel nas próximas duas temporadas, depois de esta época ter dado um ‘salto’ no seu percurso profissional, ao vencer o Grande Prémio Joaquim Agostinho e ao subir ao pódio no final da edição especial da prova rainha do calendário nacional, em que foi segundo classificado atrás do vencedor Amaro Antunes (W52-FC Porto) durante seis dias.
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