Liderados por Emmanuel Hubert, os franceses vão poder continuar a disputar corridas, a começar pela Volta a Portugal, já no fim de semana, após dois ciclistas terem sido questionados pela polícia de forma "voluntária", confirmou um dos ouvidos, o líder colombiano Nairo Quintana.

"A equipa foi informada de que dois dos seus ciclistas foram ouvidos pela polícia como testemunhas de forma voluntária, podendo voltar a casa após a sessão, e continuam livres para exercer a sua profissão de ciclistas profissionais", pode ler-se na nota da equipa da Bretanha.

Hubert declarou estar "satisfeito com esta informação" que acalma as hostes da Arkéa-Samsic, que continua, ainda assim, "atenta e vigilante ao desenrolar dos acontecimentos", lembrando que pertence ao Movimento por um Ciclismo Credível.

Já hoje, um médico e um fisioterapeuta foram libertados, após terem estado detidos por suspeitas de administrarem doping, anunciou o Ministério Público de Marselha, com a procuradora Dominique Laurens a esclarecer que "a investigação está em curso".

Os dois elementos do ‘staff' da equipa francesa Arkéa-Samsic, que foi liderada no Tour por Quintana, foram detidos na manhã de segunda-feira, por "administração ou prescrição a um atleta de uma substância ou método proibido no quadro de uma competição desportiva, sem justificação médica".

Na terça-feira, em comunicado, Quintana assumiu-se um corredor "limpo" e que não tem "nada a esconder", tendo terminado o Tour em 17.º, a mais de uma hora do vencedor, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), e atrás do companheiro de equipa Warren Barguil, 14.º a 31 minutos.

A investigação teve início em 16 de setembro, dia da 17.ª etapa da ‘Grande Boucle', quando foram realizadas buscas pelo departamento central de luta contra ataques ao meio ambiente e à saúde pública francês, tendo como alvos vários corredores da Arkéa-Samsic, entre os quais Dayer Quintana, irmão de Nairo.

Segundo o semanário Le Journal du Dimanche, a polícia investigou os quartos dos irmãos Quintana, o do compatriota Winner Anacona, bem como o dos massagistas e alguns veículos.