A primeira etapa de montanha da Volta a Espanha em bicicleta, com chegada a Eibar, mostrou no final Alberto Contador (Saxo Bank) a atacar e a "testar" a reação dos seus adversários, mas seria Alejandro Valverde (Movistar) o primeiro na meta.

Quando Contador desferiu o último ataque, apenas o inglês Chris Froome (Sky) e mais dois espanhóis, Joaquin Rodriguez (Katusha) e Alejandro Valverde, o acompanharam, com o líder da Movistar a ser o melhor, num pequeno sprint a quatro - o suficiente para arrebatar a camisola vermelha de líder ao seu companheiro de equipa Joaquin Castroviejo, que se atrasou muito.

Os 155,3 quilómetros entre Faustino V e Eibar, da terceira etapa da Vuelta, animara-se com a escalada de Arrate, mas no final as 3:49.37 horas dos primeiros apenas "renderam" seis segundos de avanço sobre um primeiro grupo perseguidor, no qual estava a maioria da restante "elite" da corrida.

A boa forma de Valverde, o vencedor da edição de 2009, faz esquecer a pior prestação de Juan Jose Cobo, também da Movistar, o vencedor da Vuelta do ano passado. Cobo perdeu hoje 50 segundos e está agora a 1.06 minutos do camisola "roja".

Hernâni Broco (33.º) e André Cardoso (38.º), ambos da Caja Rural, limitaram bem os "estragos" e entraram com 1.28 minutos de atraso. Na geral, Cardoso é o 47.º e Broco está imediatamente a seguir, com 3.07 de atraso face a Valverde.

Tiago Machado, que iniciou a prova como chefe-de-fila da RadioShack, foi hoje o 66.º, cedendo 3.22 minutos. Na geral é o 71.º, a 4.29.

Mais atrás chegaram os dois portugueses companheiros de equipa de Contador: Sérgio Paulinho em 115.º, a 6.63, e Bruno Pires em 130.º, com o mesmo tempo. Na classificação geral são, respetivamente, 104.º (a 7.08) e 108.º (a 7.28).

Bastante atrasado na subida de Arrate ficou Manuel Cardoso (Caja Rural), que perdeu 16.22 minutos. Na geral é 193.º - apenas quatro "furos" à frente do "lanterna vermelha" -, a 20.04.

Na terça-feira, a quarta etapa é de alta montanha, 155,4 quilómetros entre Barakaldo e a Estação de Valdezcaray, onde a Vuelta não vai desde 1991. A grande dificuldade é a escalada de La Orduña, decisiva na vitória do irlandês Sean Kelly, em 1988.