O ciclista belga Remco Evenepoel (Deceuninck-QuickStep), vencedor da Volta ao Algarve, mostrou-se hoje feliz com a perspetiva de voltar a competir, após uma longa pausa devido à pandemia da COVID-19.

"Alegra-me que tenhamos um calendário para voltar a competir. Terei que falar com a equipa para trabalharmos juntos num programa, mas as coisas estão melhores agora que temos um calendário que apresenta os Mundiais, os Europeus e todas as outras corridas histórias", disse.

O jovem belga, de 20 anos e que se deveria estrear em grandes voltas esta temporada, disse que "saber que [estas provas] vão realizar-se" o deixa feliz.

Com as provas suspensas desde meados de março, a União Ciclista Internacional (UCI) voltou hoje a adiar o regresso à competição para todas as provas até 01 de julho e para as provas do WorldTour até 01 de agosto.

A UCI anunciou também que a Volta a França vai decorrer entre 29 de agosto e 20 de setembro, confirmando que a Volta a Itália e a Volta a Espanha serão agendadas depois dos Mundiais, previstos para setembro, na Suíça.

O belga Greg van Avermaet (CCC) espera poder preparar as grandes clássicas com a participação no Tour, o que vai "ajudar a estar muito forte nas provas de um dia".

"A ideia será preparar-me com pequenas corridas antes do Tour. Depois vai haver um bloco de corridas importantes e, para mim, essas serão os ‘Monumentos’", referiu, sobre as cinco principais clássicas - Milão-São Remo, Volta a Flandres, Paris-Roubaix, Liège-Bastogne-Liège e Volta a Lombardia -, que se deverão disputar após a 'Grande Boucle'.

Para o campeão olímpico, que não poderá defender o título este ano, depois de Tóquio2020 ter sido adiado por um ano, "é importante para os corredores terem certas datas na cabeça", mesmo considerando que estas vão depender do desenvolvimento da pandemia.

A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 599 pessoas das 18.091 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.