O ciclista português Joni Brandão confessou esta sexta-feira estar desiludido com a estratégia da Efapel-Glassdrive na segunda etapa da Volta a Portugal, algo que o diretor desportivo Carlos Pereira atribuiu à ausência de comunicações.
«Não me sinto desiludido, mas triste porque quando olhei para trás vi que era a equipa de cor-de-rosa que vinha a puxar. Claro que temos uma tática para a geral, mas eu vinha isolado. Se eu venho sozinho na frente, não percebo porque é a minha equipa a puxar», disse ainda na reta da meta, recordando que é um trabalhador de equipa.
O campeão nacional, que andou grande parte da etapa em fuga e entrou isolado na subida para Santa Luzia, viu a sua equipa persegui-lo primeiro coletivamente e depois na pessoa de Rui Sousa.
«Eram dez na frente, não sabia quem ainda lá ia. Quando chego à reta final, vi que o Joni ia na frente e tinha algum espaço. Fiquei numa situação desconfortável, porque não sabia que ele ia isolado. Ainda hesitei, mas quando caíram acelerei», garantiu Rui Sousa.
Carlos Pereira marcou presença na conferência de imprensa para esclarecer que Rui Sousa não agiu de má-fé.
«Isto é uma equipa de ciclismo, tem um objetivo coletivo e não individual. Na equipa não andam colegas contra colegas. Desde que deixaram de existir comunicações, nos últimos três quilómetros, é impossível dizer aos meus corredores que vai na frente um colega, a menos que passe por cima dos ciclistas», frisou.
De acordo com o diretor desportivo da Efapel-Glassdrive, a estratégia da equipa estava montada desde o início da etapa e os seus homens fizeram o que estava combinado.
«Devo recordar que o nosso objetivo não é ganhar etapas, é ganhar a Volta», relembrou.
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