O diretor desportivo do Louletano-Dunas Douradas, Jorge Piedade, negou hoje ter conhecimento dos problemas com o passaporte biológico de Sérgio Ribeiro, hoje suspenso por 12 anos, datando as anomalias do período do ciclista na Efapel-Glassdrive.

«Volto a dizer que não temos culpa nenhuma no que se passou. O Sérgio Ribeiro trouxe esse problema da equipa Efapel. É um problema do ano de 2011, com que a equipa Louletano-Dunas Douradas não tem nada a ver. É preciso que isso fique bem assente para que não se confunda as coisas», frisou Jorge Piedade, em declarações à agência Lusa.

O técnico reconheceu que a equipa fica «debilitada, fica destroçada» sem o ciclista que venceu a camisola da regularidade na Volta a Portugal em 2010 e 2011.

«A Federação Portuguesa de Ciclismo tomou essa decisão agora. Quando contratámos o corredor não sabíamos que o corredor estava implicado ou tinha algum tipo de situação com o passaporte biológico e ficámos surpresos com essa situação agora», explicou.

A baixa do velocista cria um problema sério ao diretor desportivo da formação algarvia para a Volta a Portugal, que arranca na quarta-feira em Lisboa.

«Ainda vou pensar nisso. Estou a acabar de saber da notícia. Fizemos uma equipa à volta do Sérgio, agora ficámos sem ele. As coisas não vão ser nada fáceis, de qualquer forma há sempre uma solução, vamos tomá-la e vamos tentar fazer o nosso melhor sem o Sérgio», garantiu.

O ciclista português do Louletano-Dunas Douradas foi hoje suspenso por 12 anos pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) na sequência de anomalias no passaporte biológico.

Fonte ligada ao processo disse à Lusa que o órgão disciplinar da FPC deliberou aplicar uma pena de 12 anos de suspensão de toda a atividade desportiva a Sérgio Ribeiro, a que se descontam 18 dias em que o corredor esteve suspenso preventivamente.