O luxemburguês Frank Schleck foi hoje ouvido pela polícia, na sequência do anúncio do seu controlo antidoping positivo na Volta a França em bicicleta, que motivou o seu abandono, revelou a sua equipa, a RadioShack.

O porta-voz da RadioShack, Philippe Maertens, afirmou que «Frank Schleck foi voluntariamente ao posto da polícia», em Pau, do qual saiu cerca das 23h30 locais (22h30 em Lisboa), mas não especificou se o corredor voltaria ao hotel ou regressaria a casa, no Luxemburgo.

De alguns anos a esta parte, qualquer corredor com um teste positivo no Tour é questionado pelas autoridades e Frank Schleck deslocou-se à polícia por iniciativa própria para evitar a visita dos agentes ao hotel da equipa.

A União Ciclista Internacional (UCI) anunciou ao início da noite de hoje, segundo dia de descanso do Tour, em Pau, o "resultado analítico adverso" num controlo realizado 14 de julho, na 13.ª etapa, que Frank Schleck terminou em 40.º lugar, com o mesmo tempo do vencedor, Andre Greipel.

A análise de urina realizada no laboratório de Châtenay-Malabry revelou a presença do diurético Xipamide, que está contemplado na lista das designadas "substâncias especificadas" e pode valer um castigo entre a advertência e dois anos de suspensão.

Em comunicado, a RadioShack assegura que «o produto não está presente entre os medicamentos prescritos pela equipa» e afirma que «o motivo da presença de Xipamide na amostra de urina de Schleck não é claro para a equipa», pelo que «não pode explicar o resultado positivo».

A equipa dirigida pelo belga Johan Bruyneel indicou que «decidiu retirar imediatamente Frank Schleck», após ter sido informada do resultado positivo, porque ambos entenderam que «é o melhor que havia a fazer para que a Volta a França continue serena e que Frank Schleck prepare a sua defesa dentro dos prazos regulamentares», a começar pelo pedido da análise da amostra B, no espaço de quatro dias.

Este é o segundo caso ligado ao doping no decorrer da prova, depois de o corredor Rémy Di Grégorio (Cofidis) ter sido detido em Bourg-en-Bresse no primeiro dia de descanso.

Frank Schleck, de 32 anos, terceiro classificado do Tour em 2011, ocupava o 12.º lugar da geral, a 9.45 minutos do líder, o inglês Bradley Wiggins.

Os diuréticos não aumentam o rendimento dos atletas, mas podem ser utilizados como mascarantes, encobrindo o recurso a outras substâncias, e são associados a transfusões sanguíneas.

Xipamide é normalmente utilizado no tratamento de edema e hipertensão e Schleck tem a oportunidade de provar a sua inocência uma vez que este produto entra numa categoria que o Código Mundial Antidopagem designa «substâncias especificadas».

O documento diz que «se um atleta conseguir provar a circunstância em que a substância especificada foi administrada ou de que forma ficou na sua posse e que não tinha a intenção de melhorar o rendimento desportivo, a sanção pode ser reduzida no mínimo a uma advertência sem período de suspensão e no máximo a uma suspensão de dois anos».

Frank Schleck é irmão mais velho de Andy, declarado vencedor do Tour de 2010 depois de o espanhol Alberto Contador ter sido desqualificado por doping.

O pelotão da Volta a França regressa à estrada na quarta-feira, com a realização da 16.ª etapa.

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