O dirigente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) e antigo corredor Delmino Pereira, único candidato às eleições de sábado, admitiu defender “alguns assuntos” na organização da Volta a Portugal, desejando imprimir um «cunho pessoal» à modalidade.

«O contrato está previsto até 2013. Vai estar em cima da mesa e já será a nova direção a decidir. Podemos optar pela renovação ou por novo concurso. A PAD/JLS (empresa de João Lagos) tem cumprido todo o acordo é um parceiro que merece estima e consideração», afirmou em entrevista à Lusa, reconhecendo ser necessário «defender alguns assuntos», quando questionado sobre a concentração do percurso no norte e no litoral continentais.

Delmino Pereira, «há oito anos» na direção presidida pelo histórico Artur Lopes, antevê «com naturalidade» a sua eleição para responsável máximo do organismo.

«Considero Artur Lopes um excelente dirigente, reconhecido internacionalmente, com muito conhecimento da modalidade. Terei oportunidade de implementar os meus planos e ideias, mas tenho-o a ele como pessoa solidária, pronto a ajudar sempre que possível», continuou.

Artur Lopes, líder federativo desde 1993 e impedido de renovar o sue mandato pelo novo regime jurídico das federações, faz parte da lista de Delmino Pereira como candidato à presidência da Mesa da Assembleia-Geral.

«Perante a conjuntura atual do País, a minha estratégia está um pouco condicionada, mas vamos imprimir uma dinâmica global ao ciclismo e à bicicleta. Queremos desenvolver o ciclismo em todo o Pais e em todas as vertentes», disse.

Sobre o setor do alto rendimento, o dirigente pretende rever o calendário competitivo e «promover uma estratégia partilhada» entre «todas as entidades do ciclismo profissional» – organizadores de provas, clubes e associações regionais e equipas de elites, entre outros.

A Assembleia Geral que vai sufragar os novos corpos sociais para os próximos quatro anos realiza-se pelas 14h30 de sábado, na sede da FPC, em Lisboa.

Da lista de Delmino Pereira fazem ainda parte Francisco Fernandes (Conselho de Arbitragem), Luís Quinaz (Conselho Fiscal), José Melo e Castro (Conselho de Disciplina) e Coutinho Ribeiro (Conselho de Justiça).

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