O ciclista colombiano Esteban Chaves (Mitchelton-Scott) venceu hoje a quinta etapa da Volta a Itália, no Monte Etna, com o colega de equipa Simon Yates a subir à líderança, num dia de 'sonho’ para a equipa australiana.

Chaves, de 28 anos, bateu o colega de equipa britânico na meta ao fim de 4:16.11 horas, depois de ter integrado a fuga do dia e ‘resistido’ a subida ao Etna até final, quando Yates, novo camisola rosa, se juntou ao esforço, com o francês Thibaut Pinot (Groupama – FDJ) a cortar a meta em terceiro, a 26 segundos.

A estratégia da Mitchelton-Scott rendeu em duas frentes, uma vez que Chaves, que integrou a primeira grande fuga do dia, com mais de 20 elementos, não mais foi apanhado, vencendo a etapa e subindo ao terceiro lugar da geral.

Por outro lado, o ataque certeiro de Simon Yates, nos últimos 1.500 metros, deixou os restantes favoritos pelo caminho e permitiu-lhe vestir a camisola rosa, sem ter discutido a vitória do companheiro.

“O começo foi um pouco louco, com muitos ataques a acontecer. Não sei como, mas o Esteban estava na frente com um grupo muito grande, o que nos deixou mais descansados e sem ter de fazer tanto trabalho no pelotão. No final, tudo funcionou perfeitamente”, explicou Yates, que disse não ter contestado a etapa “porque o Chaves merecia a vitória”.

O britânico tem agora 16 segundos de vantagem sobre o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), vencedor em 2017, e 26 para Chaves, com o anterior líder, o australiano Rohan Dennis (BMC), a perder quase um minuto e cair para sexto, a 53 segundos.

Num dia de muitos ataques dentro dos favoritos à vitória final, o italiano Domenico Pozzovivo (Bahrain Mérida) subiu ao quarto posto, com Thibaut Pinot a subir de nono para quinto e o britânico Chris Froome (Sky) a reentrar no ‘top 10’, para a nona posição.

O britânico procura ser o terceiro ciclista da história a vencer consecutivamente as três ‘grandes’, após as vitórias no Tour e na Vuelta em 2017, um feito apenas conseguido por Eddy Merckx, vencedor no Giro de 1972, no Tour de 1972, na Vuelta de 1973 e no Giro, de novo, em 1973, antes de Bernard Hinault vencer em Itália e França, em 1982, antes de triunfar em Espanha, em 1983.

De saída do ‘top 10’ esteve o português José Gonçalves (Katusha-Alpecin), único ciclista luso em prova, que hoje foi 25.º e caiu para o 20.º posto da geral, a 2.06 minutos do líder.

Depois de muitos ataques na fase inicial do dia, a quinta etapa com final no Monte Etna da história da prova e a primeira de alta montanha da 101.ª edição teve uma fuga com 25 elementos desde muito longe, que rapidamente ganharam tempo ao pelotão.

Com a maior parte das equipas ‘relaxada’, o trabalho recaiu sobre poucas equipas, entre elas a BMC de Dennis, mas a fuga, que começou a fragmentar-se nos últimos 15 quilómetros, altura do começo da subida no Etna, acabou por resistir até final.

Com o colombiano Miguel Ángel López (Astana) a atacar o grupo dos favoritos, o camisola rosa acabou por perder o contacto, ainda que Dumoulin e Froome, entre outros, tenham conseguido aguentar o ritmo.

No final, e já com a vitória de Chaves praticamente garantida, Yates desferiu um ataque a que ninguém conseguiu responder e acabou por se juntar ao colega de equipa na frente, cedendo-lhe a vitória por já ter tempo suficiente para passar a liderar a ‘corsa rosa’.

Na sexta-feira, os ciclistas enfrentam uma ligação de 159 quilómetros entre Pizzo e Praia a Mare, com um traçado adequado para uma chegada compacta e disputa da vitória ao ‘sprint’.

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.