O ciclista italiano Diego Ulissi venceu hoje pela sétima vez uma etapa na Volta a Itália, ao impor-se na segunda tirada, com o compatriota Filippo Ganna a seguir na liderança, à frente do português João Almeida.

O transalpino da UAE-Emirates conseguiu deixar para trás os homens mais rápidos do pelotão numa escalada de quarta categoria que coincidia com a meta, cumprindo em 3:24.58 horas os 149 quilómetros entre Alcamo e Agrigento.

Apenas o eslovaco Peter Sagan (Bora-hansgrohe) e o dinamarquês Mikkel Frolich Honoré (Deceuninck-QuickStep) tentaram ameaçar a vitória de Ulissi e cortaram a meta com o mesmo tempo, com o pelotão a cortar a meta cinco segundos depois.

A estratégia de Ulissi foi deixar para trás os 'sprinters' que estavam no pelotão na subida, como Sagan e Michael Matthews (Sunweb), e acabou por ser bem-sucedida.

"Reparei que estávamos a subir muito devagar e disse ao [Valerio] Conti para acelerar e dificultar o trabalho dos 'sprinters'. Fomos perfeitos. Quando conseguimos bater os ciclistas mais rápidos é realmente extraordinário", referiu Ulissi.

No pelotão vinham todos os candidatos ao triunfo final, com o português João Almeida (Deceuninck-QuickStep), que hoje vestiu a camisola dos pontos e na segunda-feira vestirá a da juventude, a terminar a tirada no sexto lugar e a manter o segundo lugar a 22 segundos de Ganna (INEOS).

O terceiro lugar é agora ocupado pelo britânico Geraint Thomas (INEOS), a 23 segundos, que beneficiou do mau dia do dinamarquês Mikkel Bjerg (UAE-Emirates), que perdeu 7.58 minutos.

A Astana tem tido um início de Giro de 'pesadelo', com o russo Aleksandr Vlasov a desistir hoje devido a problemas gástricos, depois de na véspera o colombiano Miguel Angel López ter caído e abandonado.

O português Ruben Guerreiro (Education First) terminou a tirada na 21.ª posição, a cinco segundos do vencedor, e subiu à 37.ª poisção, a 1.37 minutos de Ganna.

O campeão do mundo do contrarrelógio terá dificuldades em manter a liderança na terceira etapa, na segunda-feira, com a meta a coincidir com uma contagem de primeira categoria no Monte Etna, 150 quilómetros após a partida em Enna.