O ciclista português Joni Brandão (Efapel) reconheceu hoje, por lágrimas e palavras, que segurar o lugar no pódio da 77.ª Volta a Portugal será uma tarefa difícil perante a superioridade no contrarrelógio do colega Alejandro Marque.

O terceiro classificado da geral individual atacou à entrada da subida à Torre e esteve em fuga durante a quase totalidade dos 19,7 quilómetros da ascensão ao ponto mais alto de Portugal continental, sendo apanhado a apenas 600 metros, quando seguia na companhia de Rui Sousa (Rádio Popular-Boavista). Cortada a meta, o português chorou agarrado à namorada e, pouco depois, reconheceu que o pódio ainda é uma questão em aberto.

“Apesar de ser meu companheiro de equipa, o Marque é mais forte no ‘crono’”, respondeu, quando questionado sobre se os 31 segundos de que dispõe sobre o seu colega galego, vencedor da edição de 2013 e atual quarto classificado, são suficientes para segurar a sua posição.

Sobre as lágrimas que derramou, assim que cortou a meta, Brandão explicou que só “os seus” sabem o que tem passado. “A minha família sabe o que tenho sofrido”, completou.

Brandão assumiu que a amarela está “praticamente decidida”, porque o espanhol Gustavo Veloso é “muito forte no contrarrelógio”, e admitiu que, apesar de o seu desejo ser ganhar a 77.ª Volta a Portugal, ser o melhor português da geral “não é mau”.

A três etapas do final da prova, incluindo o ‘crono’ de sábado, Gustavo Veloso (W52-Quinta da Lixa) lidera a classificação geral com 14 segundos de vantagem sobre o seu colega e compatriota Delio Fernández, segundo, e 57 sobre Joni Brandão, enquanto Marque está a 1.28 minutos.