O alemão Marcel Kittel (Quick-Step Floors) cumpriu a 'tradição' e somou a décima vitória na Volta a França em bicicleta, impondo-se na segunda etapa, marcada por uma queda coletiva que derrubou o campeão em título, Chris Froome.
No 'sprint' final, em Liège, na Bélgica, o possante alemão foi mais forte do que o francês Arnaud Démare (FDJ) e o também germânico Andre Greipel (Lotto Soudal), repetindo as entradas vitoriosas de 2013 e 2014, edições em que também se impôs nas primeiras chegadas em pelotão compacto.
O britânico Geraint Thomas (Sky), vencedor do contrarrelógio de abertura, conservou a camisola amarela após a etapa, corrida durante alguns períodos sob chuva, nomeadamente quando Froome (Sky), vencedor de 2013, 2015 e 2016, foi apanhado numa queda, juntamente com o francês Romain Bardet (AG2R La Mondial), segundo no ano passado, e o australiano Richie Porte (BMC), entre outros.
O incidente aconteceu a cerca de 30 quilómetros da meta, mesmo nas 'costas' do português Tiago Machado (Katusha Alpecin) - que muito trabalhou na cabeça do pelotão ao longo da etapa - e não teve consequências de maior, além do atraso momentâneo de Froome e Bardet, que levaram alguns minutos a reentrar no grupo.
Depois aconteceu o que era previsível. Os quatro fugitivos do dia, os franceses Thomas Boudat (Direct Energie), Laurent Pichon (Fortuneo-Oscaro) e Yoann Offredo (Wanty-Groupe Gobert) e o norte-americano Taylor Phinney (Cannondale Drapac) não conseguiram contrariar o 'guião' que ditava um 'sprint' massivo no final desta etapa de 203,5 quilómetros, iniciada em Dusseldorf, na Alemanha.
O pelotão nunca permitiu que a vantagem fosse superior a quatro minutos, mas, mesmo assim, Phinney e Offredo insistiram nos últimos 20 quilómetros e só foram alcançados pouco antes da entrada nos últimos 1.000 metros, cedendo o protagonismo aos homens mais rápidos.
O 'sprint' foi desorganizado, sem 'comboios' definidos, e Kittel acabou por ser o que melhor se desembaraçou sozinho, para alcançar o nono triunfo da temporada, antes de deixar escapar lágrimas emocionadas.
O campeão do mundo, o eslovaco Peter Sagan (Bora-hansgrohe), cinco vezes vencedor da camisola verde no Tour, arrancou de forma extemporânea e pagou a 'fatura', terminando em décimo.
Os favoritos acabaram todos no pelotão, com o mesmo tempo atribuído a Kittel (4:37.06 horas) - tal como Tiago Machado (126.º) -, pelo que não se registaram alterações significativas na classificação geral. Geraint Thomas manteve o comando, com cinco segundos de avanço sobre o suíço Stefan Kung (BMC), e Kittel ascendeu a terceiro, a seis.
Froome, sexto a 12 segundos, continua a ser o favorito mais bem posicionado, beneficiando do seu desempenho no 'crono', enquanto Tiago Machado segue em 87.º, a 1.04 minutos.
Na segunda-feira, a terceira etapa, que marca a entrada em França, ligando a cidade belga de Verviers a Longwy (212,5 quilómetros), termina numa curta subida de 1.600 metros, bem ao jeito de corredores mais explosivos, como os belgas Philippe Gilbert e Greg Van Avermaet, campeão olímpico, ou o 'híbrido' Sagan.
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