O ciclista espanhol Juan Pedro López, líder da Volta a Itália, assumiu hoje que ficar no ‘top 5’ final já seria “um sonho”, considerando difícil conquistar a classificação da juventude devido à oposição de João Almeida.

“Vou dia a dia, e não quero apontar a nenhum lugar final. Quero desfrutar desta bonita realidade [ter a camisola rosa] diariamente e, para isso, darei tudo em cada quilómetro. O resultado que vier, será bom, mas um ‘top 5’ seria mais do que um sonho. Estar vestido de rosa já é um sonho, nunca tinha imaginado algo assim”, disse o jovem da Trek-Segafredo.

Em declarações à imprensa, no segundo dia de descanso do Giro, que comanda com 12 segundos de vantagem sobre o português João Almeida (UAE Emirates), o espanhol de 24 anos confessou que gostaria de ganhar uma etapa nesta edição da ‘corsa rosa’, uma missão dificultada pelo facto de ser o líder da geral.

“Pensámos em atacar de longe para procurar uma etapa para o [Giulio] Ciccone, que é um corredor forte e, quem sabe, até se pode intrometer na luta pela geral. Eu, com a ‘maglia rosa’, já não consigo tentar surpreender desde longe, vão-me controlar. Ainda assim, podem surgir oportunidades e vou tentar. Nunca venci como profissional”, notou o andaluz.

Ciclista ‘sensação’ da 105.ª Volta a Itália, Juan Pedro López sabe que mesmo a camisola da juventude pode ser uma ‘miragem’ devido à concorrência do seu ‘vice’ na geral, “que pode aspirar ao mesmo” objetivo – Almeida foi terceiro naquela classificação em 2020, quando foi quarto na geral final, e quarto no ano passado, numa edição em que foi sexto.

“Já estou contente por ter a camisola rosa”, rematou.

Nas habituais entrevistas/declarações do dia de descanso, em Pescara, Mikel Landa, outro espanhol interessado na ‘maglia rosa’, também recorreu à palavra sonho para falar daquilo que ainda está para vir na prova que termina em 29 de maio, em Verona.

“O Giro é um sonho, há vários anos que sonho ganhar a ‘maglia rosa’, mas tive sempre rivais mais fortes ou percalços que me impediram. Este ano pode ser o ano para consegui-lo. Para já, está tudo a correr bem”, disse o terceiro classificado do Giro2015 e quarto em 2019.

Apesar da queda que sofreu no domingo, no decurso da nona etapa, o atual sétimo classificado da ‘corsa rosa’, a 29 segundos do seu jovem compatriota, mostrou-se otimista.

“Sim, posso ganhar o Giro. Não há muitos quilómetros de contrarrelógio e na montanha estou com os melhores. Tenho de manter o nível que exibi ontem [domingo] no Blockhaus, mas há que esperar, ter paciência, é uma corrida em que o desgaste pode ser decisivo”, analisou.

Landa confessou que está moralizado por estar bem colocado na classificação e declarou-se “tranquilo”.

“Se tudo correr bem, estarei na luta. Espero que a queda não me afete… estou um bocado dorido, mas, felizmente, não tenho nada de grave”, explicou.

O corredor da Bahrain-Victorious elencou ainda os nomes daqueles que são os seus principais rivais na luta pela vitória final: “[Richard] Carapaz é um dos favoritos, mas há mais. Vimos o [Romain] Bardet com muito bom nível ontem [domingo], é um corredor com experiência, fez pódio no Tour. O Almeida demonstrou estar bem, é um ciclista constante e pode ser candidato, assim como o [Jai] Hindley.”

Nomeado por Landa, Bardet (DSM), terceiro da geral a 14 segundos do líder, prefere ser cauteloso, recordando que já viveu “muita coisa nas grandes Voltas, muitas alegrias, deceções”.

“Aceito aquilo que vier, sem pensar muito nisso. Para já, está tudo bem”, disse o francês, que foi segundo no Tour2016 e terceiro no ano seguinte.

Embora reconheça que está no Giro para lutar pela geral, Bardet vai tentar ganhar uma etapa, depois de no domingo ter ficado perto, ao ser segundo na etapa conquistada por Jai Hindley (BORA-hansgrohe).

A 105.ª Volta a Itália regressa na terça-feira à estrada para a 10.ª etapa, uma ligação de 196 quilómetros entre Pescara e Jesi.

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