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O médico que foi afastado no escândalo em torno do norte-americano é considerado um pioneiro no uso de substâncias dopantes.
O médico italiano Michele Ferrari, irradiado do desporto na sequência do caso Armstrong, disse hoje em entrevista à Al Jazeera que nunca viu o antigo ciclista norte-americano dopar-se.
«Nunca vi, nunca ouvi nada sobre isso. Ele nunca me pediu informação sobre doping», garantiu o médico, considerado um dos pioneiros do uso de EPO no desporto e condenado em Itália pela distribuição de substâncias dopantes.
No processo que sustenta a decisão da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) de irradiar Lance Armstrong e retirar-lhe todos os resultados desportivos a partir da temporada de 1998 há referências a transferências bancárias do texano para a conta de Ferrari, no valor de um milhão de euros, e vários testemunhos que acusam o italiano de desenhar planos individuais de consumo de doping.
«A minha relação com alguns dos colegas de Lance Armstrong foi muito, muito curta e ocasional. Há seis ciclistas que me acusam. Nunca tive qualquer relação ou dei consultas a nenhum deles», explicou.
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