O ciclista Nélson Oliveira (Lampre Merida) vai usar o contrarrelógio por equipas nos Mundiais de ciclismo de Richmond, nos Estados Unidos, para tentar melhorar o sétimo lugar que conseguiu no ano passado no ‘crono’ individual.
"Na quinta-feira vou para o Estados Unidos fazer o contrarrelógio por equipas (pela Lampre Merida) e, em princípio, fico já para o Mundial de ‘crono’ e para o Mundial de estrada [pela seleção nacional]. O Mundial por equipas vai ser bom para ativar o corpo, depois de uma prova de três semanas. Vamos ver o que nos espera", disse o ciclista português à agência Lusa em Madrid, no final da edição deste ano da Volta a Espanha em bicicleta.
Na prova espanhola, Nélson Oliveira foi o segundo melhor português na geral (em 21.º lugar, a menos de um segundo do top-20), conseguindo uma vitória na 13.ª etapa (Calatayud-Tarazona) e um segundo lugar na 19.ª (entre Medina del Campo e Ávila).
O ciclista de Vilarinho do Bairro (Aveiro) diz que, mesmo depois de três semanas de Vuelta, "a forma ainda se mantém" para os Mundiais, mas admite alguma preocupação com a habituação ao fuso horário da Costa Leste norte-americana.
"Vamos ver como o corpo vai recuperar nestes próximos dias: a viagem é longa, o fuso horário é outro, mas o bom é que vamos uma semana antes e dá para nos habituarmos. Espero melhorar o resultado do ano passado", disse o atleta português.
Em 2014, nos Mundiais de Ponferrada (Espanha), a Lampre ficou em 15.º lugar no contrarrelógio por equipas. No crono individual, Nélson Oliveira ficou em sétimo lugar.
Outro português presente na Vuelta deste ano, Tiago Machado (Team Katusha), ficou em 11.º no contrarrelógio individual dos Mundiais de 2014. No entanto, após a Volta a Espanha (36.º da geral) o corredor de Vila Nova de Famalicão apenas pensa nas ‘clássicas’ de Itália.
"Agora é recuperar porque ainda tenho as ‘clássicas’ de Itália", disse Tiago Machado, admitindo que a Katusha "está um pouco desfalcada, com quedas e outras coisas".
Machado fez uma Vuelta "de sacrifício", numa prova para a qual "não treinou", tendo trabalhado para o segundo lugar da geral do seu líder de equipa, o catalão Joaquín Rodríguez.
A Katusha tem agendada a participação na Milano-Torino (a 01 de Outubro), no Giro del Piemonte (a 02 de Outubro) e no Il Lombardia, prova da categoria World Tour, a 04 de outubro.
Na Caja Rural, os portugueses Ricardo Vilela e José Gonçalves têm planos diferentes para o futuro imediato.
Vilela disse à Lusa, sem dar pormenores, que vai "descansar durante 15 dias" e recuperar para "correr em França e nas Clássicas de Itália".
Já o seu companheiro de equipa português na Caja Rural, José Gonçalves, tem os olhos postos já nos Campeonatos Mundiais de Richmond (Virgínia, Estados Unidos) e só depois pensará nas ‘clássicas’ italianas.
Vencedor de uma etapa da última Volta a Portugal, Gonçalves conseguiu um segundo, um terceiro e um quinto lugar na Vuelta 2015 (respetivamente na 20.ª, 18.ª e 10.ª etapas), que terminou no domingo, em Madrid.
"Agora é preparar para o Mundial, depois para algumas corridas em Itália e acabo a época", salientou José Gonçalves à Lusa, acrescentando que pretende "fazer o melhor possível" nos Campeonatos do Mundo de Richmond.
Também contactado pela Lusa, o português mais bem classificado na Vuelta a Espanha deste ano, André Cardoso (Cannondale, 18.º da geral), remeteu quaisquer declarações para mais tarde.
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