O ciclista italiano Vincenzo Nibali celebrou hoje a sua primeira “maglia rosa” final na Volta a Itália, encabeçando o primeiro pódio na história das Grandes Voltas a ter três continentes representados.
Quando cortou a meta em Brescia, Nibali pode finalmente suspirar de alívio: estava conquistado o seu primeiro Giro, depois da vitória na Vuelta2010, do segundo lugar no Giro2011 e dos terceiros lugares no Tour2012 e Giro2010, estava completo o primeiro pódio com três continentes.
O camisola rosa europeu foi escoltado pelo sul-americano Rigoberto Uran (Sky), expoente máximo de um ciclismo colombiano em evidência nesta edição, e pelo australiano Cadel Evans (BMC), terceiro aos 36 anos, e aplaudido pelos “tifosi” à chegada a Brescia.
Numa edição marcada pelo mau tempo, que conduziu à anulação de uma etapa inteira e da passagem em grande parte dos topos mais míticos da prova italiana, o italiano saiu vencedor por KO da concorrência e, sobretudo, do grande favorito à partida, o britânico Bradley Wiggins, que abandonou a corrida antes da partida da 13.ª etapa, devido a uma infeção pulmonar.
O primeiro siciliano a ganhar o Giro dominou sem oposição a “corsa rosa”, vestindo a camisola de líder na oitava etapa, ainda no sul de Itália e levando-a até ao norte, sem jamais tremer.
«O meu pior momento ocorreu na estrada de Pescara [na sétima etapa] quando caí duas vezes», confessou o líder da Astana, que devolveu à Itália uma rosa que não via há duas edições, já que a vitória de Michele Scarponi em 2011 foi conquistada na secretaria por desclassificação de Alberto Contador.
Aos 28 anos, o “Tubarão do Estreito” (o nome deve-se ao facto de ser de Messina, junto ao estreito que lhe dá o nome) deu mais um passo para cumprir o seu sonho de ganhar as três Grandes Voltas: «Alcancei um dos meus sonhos de vida, não consigo acreditar».
Por agora, Nibali, muito solicitado desde o início da temporada, em que venceu também o Tirreno-Adriático e o Giro di Trentino, vai de férias, ao contrário do outro grande vencedor desta Volta a Itália.
Em dia de despedida, Mark Cavendish voltou a estar em evidência, vencendo a 21.ª etapa, com o tempo de 5:30.09 horas, à frente dos italianos Sacha Modolo (Bardiani) e Elia Viviani (Cannondale).
Pela quinta vez desde a partida em Nápoles, o homem da Ilha de Man foi o melhor de um “sprint” em pelotão compacto, conseguindo o seu melhor resultado de sempre na Volta a Itália, que lhe valeu a camisola vermelha dos pontos e o 41.º triunfo nas três grandes.
Para os portugueses, o dia não foi de passeio, já que todos perderam tempo e Ricardo Mestre (Euskaltel-Euskadi) foi mesmo o penúltimo.
Tiago Machado (RadioShack) foi 36.º a 1:12 horas de Nibali, Bruno Pires 61.º a quase duas horas, Nelson Oliveira (RadioShack) terminou na 81 posição, a 2:25 horas e Mestre acabou a sua primeira grande Volta no 145.º lugar, a 3:39 horas.
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