Alejandro Marque voltou hoje à Volta onde foi feliz, de sorriso rasgado e com a sensação de justiça feita, depois de ter visto confirmada a sua vitória na última edição da principal prova velocipédica nacional.

“Finalmente”, começou por dizer à agência Lusa.

Um sorriso de orelha a orelha espelhava bem a felicidade que “Alex” está a sentir, depois de, na sexta-feira ter anunciado publicamente que a Real Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) o ilibou do positivo registado na Volta do ano passado e arquivou o seu processo por considerar que o uso de betametasona se deveu a fins terapêuticos.

“Finalmente saiu a verdade, saiu aquilo que eu esperava. Foi um processo muito longo, dilatou-se demasiado tempo, mas no final a minha inocência foi revelada e isso é o que mais importa”, confessou em Viana do Castelo, à partida para a terceira etapa da 76.ª edição, que vai seguir, no caso da sua antiga equipa, o OFM-Quinta da Lixa.

Sem rancores e com a bondade que lhe é reconhecida por todos – enquanto falava com a agência Lusa foi abordado por todos os ciclistas que passaram por ele -, o galego só quer “olhar para a frente”.

“Foi um ano perdido, mas não posso ficar com essa recordação. Agora tenho de encontrar uma equipa e voltar para a estrada”, completou.

Mesmo assim, Alejandro Marque vai processar a Movistar, a equipa do WorldTour que o despediu mal foi conhecido o positivo por betametasona, sem esperar para conhecer o veredicto se era culpado ou não: “Evidentemente, eles rescindiram o contrato com base numa notícia falsa. Não houve nenhum tipo de acordo, por isso vamos prosseguir pela via legal”.

Já a RFEC escapa à revolta do ciclista, que esteve um ano parado, mesmo sem estar suspenso.

“Eu entendo que há casos que demoram algum tempo, que há procedimentos que precisam de vários passos. Evidentemente, [a RFEC] deveria tomar outro tipo de decisão destes casos que podem acontecer diariamente e que dilatam demasiado”, defendeu.

Assumindo que agora quer ir “passo a passo”, o vencedor em título da Volta a Portugal não rejeita regressar ao local onde já foi muito feliz.

“Não sei onde vou estar para o ano. Não sei se vou estar aqui, na China ou na América. Portugal é um sítio que me traz muito boas recordações, de toda a minha carreira. Aqui fui sempre bem tratado. Claro que é uma opção”, concluiu.

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