O espanhol Oscar Freire, campeão do mundo em três ocasiões, encostou definitivamente a bicicleta e já não vai participar no Paris-Tours, confirmou esta quinta-feira a equipa Katusha.
Dono da camisola “arco-íris” em 1999, 2001 (em Lisboa) e 2004, o pequeno espanhol abandona a modalidade sem concretizar o sonho de ser o ciclista mais vitorioso de sempre em mundiais.
Freire não voltou a correr desde o Mundial de Valkenburg, na Holanda, prova em que foi décimo classificado e em que criticou ferozmente o compatriota Alejandro Valverde, que ignorou o trabalho de levar o sprinter à meta para conquistar a medalha de bronze.
O ciclista da Katusha deveria alinhar domingo no Paris-Tours, competição em que alcançou a sua última grande vitória, em 2010, mas a equipa russa anunciou hoje que Freire não estará presente.
O espanhol, de 36 anos, revelou no início da época que 2012 seria o seu último ano como profissional, mas viu a 15.ª temporada no pelotão condicionada por uma queda grave na sexta etapa do Tour.
Várias costelas partidas e um pulmão perfurado impediram-no de participar na prova em linha dos Jogos Olímpicos de Londres, um dos principais objetivos que tinha traçado para o ano do adeus.
Profissional desde 1998, o corredor de Torrelavega (Cantábria), que vive há vários anos na Suíça, tem um dos currículos mais recheados do pelotão internacional.
Depois do inesperado título mundial em Verona, em 1999 – era tão desconhecido que um jornal italiano lhe chamou Gomez -, Freire voltou a impor-se em Lisboa (2001) e, três anos depois, outra vez em Verona.
No palmarés de “Oscarito” estão também três vitórias na clássica Milão-Sanremo (2004, 2007 e 2010), quatro etapas e uma camisola verde da regularidade no Tour e sete etapas na Vuelta.
A fragilidade física, visível nas diversas lesões nas costas e comprovada pelos 63 quilos distribuídos por 1,71 metros, condicionou várias épocas do espanhol que, durante a sua carreira, vestiu a camisola de apenas quatro equipas: Vitalicio (1998-1999), Mapei (2000-2002), Rabobank (2003-2011) e Katusha (2012).
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