O holandês Pieter Weening (Orica-GreenEdge) coroou hoje com êxito a fuga do dia, conquistando a nona etapa da Volta a Itália em bicicleta, à frente do outro fugitivo, o italiano Davide Malacarne (Europcar).
Numa jornada em que os principais favoritos preferiram apenas controlar-se na subida final, com a exceção do italiano Domenico Pozzovivo, que recuperou 26 segundos em relação aos outros candidatos, Weening foi recompensado pela sua perseverança, celebrando a sua segunda vitória no Giro.
Malacarne e Weening saltaram da fuga do dia, criada por 14 homens ao quilómetro 50 e que teve cerca de oito minutos de vantagem, na subida final, rumo a Sestola, e trabalharam na perfeição para garantir que, pela primeira vez nesta edição, o esforço dos fugitivos fosse recompensado.
“Os rapazes não estavam a trabalhar bem no grupo. A estrada começou a subir, entrámos numa rotunda, os meus colegas escolheram o lado errado, eu o certo, e esse foi o ‘timing’ exato para atacar”, explicou o ciclista da Orica-GreenEdge, que arrancou a 19 quilómetros e foi seguido por Malacarne.
À entrada nos últimos 500 metros, os dois praticamente pararam, vigiando-se mutuamente, num jogo de “gato e rato” que acabou com a vitória do holandês, com o tempo de 4:25.51 horas e com um sincero pedido de desculpas ao seu companheiro de aventura assim que cortaram a meta.
Lá atrás, enquanto o ciclista de 33 anos festejava o seu segundo triunfo no Giro, depois do conquistado em 2011, os favoritos marcavam-se, preferindo jogar pelo seguro, sem atacar a liderança do australiano Cadel Evans (BMC), na véspera do segundo dia de descanso desta edição.
No entanto, o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R), cansado da apatia dos favoritos, mexeu na corrida, sendo terceiro na etapa, a 42 segundos do duo da frente, um resultado que lhe permitiu recuperar 30 segundos para os seus adversários diretos.
O ciclista de 31 anos subiu assim do décimo para o quarto lugar da geral, a 01.20 minutos do camisola rosa.
Evans não teve dificuldades para segurar a liderança da “corsa rosa”, uma vez que Rigoberto Uran (Omega Pharma-Quickstep) continua a uns seguros 57 segundos de distância no segundo posto e o jovem Rafal Majka (Tinkoff-Saxo) está a 01.10 minutos na terceira posição.
“Temos de estar satisfeitos com o nosso trabalho até agora, estou muito contente com a minha equipa, que me pôs na posição em que estou”, disse o australiano de 37 anos, que vai para o segundo dia de descanso de cor-de-rosa.
A segunda jornada de montanha não foi benéfica para André Cardoso (Garmin), com o português a perder 04.27 minutos no final dos 172 quilómetros entre Lugo e Sestola, mas a subir à 41.ª posição, a 18.07 minutos de Evans.
Na terça-feira, o Giro volta à estrada na décima etapa, 173 quilómetros entre Modela e Salsomaggiore.