A procuradora do processo da “Operação Puerto” pediu hoje dois anos de prisão para o principal acusado, o médico espanhol Eufemiano Fuentes, acusado de dirigir uma rede «fraudulenta e penalmente repreensível».

Na sua requisição, Rosa Calero descreve Fuentes como «a alma e o ideólogo» de uma rede «fraudulenta e penalmente repreensível», cujo objetivo era melhorar a prestação dos desportistas em troco de retribuição económica.

A procuradora pediu dois anos de prisão para o médico, com base no artigo 361.º do código penal espanhol que condena «aqueles que fornecerem produtos deteriorados, caducados ou cuja composição, estabilidade ou eficácia não satisfaçam as regras de fabrico ou que substituam um produto por outro, pondo em causa a vida ou a saúde daqueles que os utilizem».

Calero criticou também o método de Fuentes, que transportava bolsas de sangue em sacos de refrigeração misturados com bebidas para mantê-los a uma temperatura fresca, o que «negligenciava os requisitos de higiene e compreendia um risco real para a saúde daqueles que recebiam as transfusões».

Um outro representante do Ministério Público sublinhou igualmente o papel dos quatro outros acusados, os ex-diretores desportivos Manolo Saiz e Vicente Belda, a irmã de Eufemiano, Yolanda Fuentes, e José Ignacio Labarta.