O corredor portista chegou em terceiro lugar na última etapa, ganha pelo companheiro de equipa, após os 171,6 quilómetros que ligaram Matosinhos ao Porto, mas ambos terminaram o grande prémio com o mesmo tempo, no conjunto dos cinco dias.

A quarta e derradeira tirada foi muito emocionante, com ataques do princípio ao fim, que ‘dizimaram’ o pelotão e deixaram para trás os dois primeiros da geral aquando da partida, em Matosinhos: Daniel Mestre (Efapel) e Raul Alarcón (W52/FC Porto).

As decisões ficaram para o quilómetro final, feito sempre a subir, em piso empedrado, desde a Ribeira até ao cimo da Avenida dos Aliados.

António Carvalho atacou desde o começo da escalada e poucos conseguiram segui-lo, à exceção de Rinaldo Nocentini (Sporting/Tavira), que terminou em segundo na etapa, seguido de Rafael Reis, terceiro na tirada, tudo perante milhares de pessoas nas artérias do centro do Porto.

Mesmo depois de cortada a meta, continuou o suspense, já que António Carvalho e Rafael Reis terminaram com o mesmo tempo a competição, obrigando a aplicar o desempate pelos centésimos de segundo no prólogo.

Rafael Reis foi, então, declarado vencedor com 74 centésimos de vantagem sobre Carvalho e Vicente García de Mateos (Louletano/Hospital de Loulé) fechou o pódio, a nove segundos.

“Não venci por centésimos, porque a minha vitória não foi sobre o António Carvalho. Partimos com o objetivo de recuperar a camisola amarela para a equipa e trabalhámos para isso, como uma verdadeira equipa, como amigos. No final foi impressionante, ganhar perante todo este público”, afirmou Rafael Reis, em declarações difundidas pela assessoria da prova.

O vencedor da última etapa e da última edição da prova, António Carvalho, explicou como a W52/FC Porto ‘despedaçou’ o pelotão: “Logo a seguir à primeira meta volante, continuámos a subir, em paralelo, e aí devíamos endurecer a corrida”.

A W52/FC Porto também venceu por equipas e teve em Raul Alarcón o primeiro na classificação das metas volantes. Daniel Mestre (Efapel) perdeu a camisola amarela, mas segurou a verde, dos pontos, e Pablo Guerrero (Rádio Popular/Boavista) confirmou o estatuto de melhor trepador, enquanto Gaspar Gonçalves (Liberty Seguros/Carglass) terminou no topo da classificação de sub-23.