A União Internacional de Ciclismo (UCI) anunciou que vai estudar o relatório da Agência Antidopagem Norte-americana (USADA), que acusa Lance Armstrong de estar envolvido no caso de dopagem mais «sofisticado» da história para ganhar sete edições do Tour.

«A UCI vai analisar todas as informações recebidas a fim de considerar as questões de recurso e competência, reconhecimento e prescrição, dentro do prazo de recurso de 21 dias, conforme o código da Agencia Mundial Antidopagem», indicou hoje a UCI.

O organismo avança que se vai «esforçar por dar uma resposta oportuna e não atrasar o caso mais tempo do que o necessário».

A USADA garantiu quarta-feira deter provas «esmagadoras» de que Armstrong esteve envolvido no caso de dopagem «mais sofisticado» da história, para ganhar sete edições do Tour.

Em comunicado, a USADA escreveu que a equipa US Postal, ao serviço da qual o norte-americano venceu sete edições da Volta a França, um recorde, montou «o programa de dopagem mais sofisticado, profissional e conseguido jamais visto na história do desporto».

As provas são «esmagadoras» e representam mais de 1.000 páginas, com testemunhos de 26 pessoas, incluindo 15 corredores «com conhecimento das atividades dopantes no seio da US Postal», precisou o presidente da USADA, Travis T. Tygart.

Entre estes, estão 11 ciclistas que foram colegas do heptavencedor do Tour: Frankie Andreu, Michael Barry, Tom Danielson, Tyler Hamilton, George Hincapie, Floyd Landis, Levi Leipheimer, Stephen Swart, Christian Vande Velde, Jonathan Vaughters e David Zabriskie.

O antigo ciclista optou por não responder às acusações da USADA, sendo automaticamente irradiado pela agência, que lhe retirou todos os resultados a partir de 1998.

No entanto, apenas a União Ciclista Internacional (UCI) tem legitimidade para anular os triunfos do “Boss”, alcunha pela qual era conhecido no pelotão.