O ciclista australiano Richie Porte (Sky) confirmou este domingo a sua vitória na Volta à Catalunha, numa tirada em que o espanhol Alejandro Valverde (Movistar) voltou a deslumbrar para conquistar o seu terceiro triunfo em sete etapas.

Richie Porte, que venceu o Paris-Nice há duas semanas, demonstrou que o seu quase perfeito início de temporada está longe de esmorecer, ao acrescentar um segundo triunfo numa prova por etapas do WorldTour ao seu palmarés de 2015, depois de ser 19.º na sétima e última etapa, com o mesmo tempo do vencedor.

"Depois do Tour Down Under [n.d.r.: foi segundo] e da vitória no Paris-Nice, não esperava vencer esta prova, sobretudo depois da fuga de segunda-feira. Este triunfo é fantástico. Quando ganhas o Paris-Nice e a Volta à Catalunha, podes ganhar o Giro", disse o ciclista da Sky, que tem como grande objetivo da temporada a conquista da Volta a Itália.

O circuito final da Volta à Catalunha, um traçado de 126,6 quilómetros, que compreendeu oito subidas ao Parque de Montjuic, em Barcelona, terminou da mesma forma que duas outras etapas da corrida: com a vitória de Alejandro Valverde.

O líder da Movistar foi o mais forte no "sprint" final, encabeçando um grupo de 31 ciclistas, que registaram o tempo de 2:47.33 horas, e batendo o francês Bryan Coquard (Europcar) e o russo Sergei Chernetski (Katusha).

Emocionado, o veterano espanhol abraçou o colega e amigo Jose Joaquin Rojas, celebrando também a subida ao segundo lugar da geral, graças às bonificações atribuídas ao vencedor.

Tal como no ano passado, a diferença entre primeiro e segundo ficou nos quatro segundos, um facto que poderia ter sido diferente caso Valverde não tivesse ficado atrasado na terceira etapa, devido a uma queda.

Segundo em 2014, Alberto Contador (Tinkoff-Saxo) voltou a ficar aquém do esperado, sendo mesmo afastado do pódio por Domenico Pozzovivo (Ag2r-La Mondiale). O italiano, que ficou a cinco segundos de Porte, relegou o espanhol para o quarto lugar por dois segundos.

O último dia foi amargo para os portugueses, com Sérgio Paulinho a seguir o exemplo dos seus companheiros da Tinkoff-Saxo (apenas dois sobreviveram à onda de abandonos, dividida entre a etapa de sábado e a de hoje) e a desistir, tal como Fábio Silvestre (Trek).

André Cardoso (Cannondale-Garmin), o único português que sobreviveu aos sete dias de competição, foi 53.º na etapa, a 59 segundos de Valverde, e terminou a prova catalã na 37.ª posição, a 23.42 minutos de Porte.