Primoz Roglic (Jumbo-Visma) venceu hoje a quarta etapa do Tirreno-Adriático, erguendo os braços na sua primeira competição em seis meses, com o ciclista português João Almeida (UAE Emirates) a subir ao terceiro lugar da geral.

O esloveno de 33 anos, que não competia desde que abandonou a Vuelta devido a queda no início de setembro, impôs-se com relativa facilidade diante de um grupo de elite, concluindo os 218 quilómetros entre Greccio e Tortoreto em 5:00.04 horas, à frente de Julian Alaphilippe (Soudal Quick-Step) e Adam Yates (UAE Emirates), respetivamente segundo e terceiro.

João Almeida cortou a meta no oitavo posto, com o mesmo tempo do vencedor, e ascendeu a terceiro da geral, agora liderada pelo alemão Lennard Kämna. O ciclista da BORA-hansgrohe tem seis segundos de vantagem sobre Roglic, que ‘saltou’ nove posições e é segundo, e oito sobre o campeão nacional de fundo.

“Hoje, o dia foi duro e também muito longo… A equipa fez um trabalho fenomenal, penso que podemos estar satisfeitos. É uma boa motivação para as próximas etapas”, resumiu Almeida, assumindo que o seu objetivo e da equipa é discutir a vitória final.

Sem competir desde 07 de setembro, ‘Rogla’ demonstrou hoje estar perfeitamente recuperado da cirurgia ao ombro direito a que foi submetido em outubro para corrigir um problema crónico, agravado pela aparatosa queda no Tour2022.

O esloveno soube esperar pelo momento certo para lançar o seu sprint, no final inclinado em Tortoreto, batendo, além de Alaphilippe e Yates, outros nomes grandes do pelotão, como Tao Geoghegan Hart (INEOS) e Enric Mas (Movistar), que foram, respetivamente, quinto e sexto na tirada.

Mas a vitória do ciclista da Jumbo-Visma começou a desenhar-se 4,5 quilómetros mais atrás, quando o seu colega Wout van Aert, grande favorito ao triunfo na jornada de hoje, derrubou Thomas Pidcock – a quem pediu imediatamente desculpa – e ficou arredado da discussão.

Nelson Oliveira (Movistar) acelerou o ritmo a 2,5 quilómetros do final, altura em que se iniciaram as hostilidades entre os candidatos ao triunfo final e o camisola azul Filippo Ganna (INEOS) ficou para trás, cedendo definitivamente a liderança da geral, mas foi Hugh Carty (EF Education-EasyPost) o primeiro a tentar efetivamente distanciar-se dos favoritos, a 700 metros do final.

A tentativa do britânico não daria em nada, como todas as que se lhe seguiram, com a etapa a ser discutida num sprint reduzido que garantiu o 66.º triunfo da carreira para Roglic, numa jornada em que Oliveira, depois de trabalhar para Mas, foi 51.º, a 2.24 minutos, ocupando a 40.ª posição da geral, a 2.40.

Na sexta-feira, corre-se a etapa ‘rainha’ da prova italiana, uma ligação de 168 quilómetros entre Morro d'Oro e a categoria especial de Sarnano-Sassotetto.