O ciclista português Rui Costa (Lampre-Merida) ficou esta segunda-feira com mazelas na anca, costas e joelho, na sequência da aparatosa queda que marcou a terceira etapa da Volta a França e que também apanhou José Mendes (Bora-Argon 18).
“Obrigado por se preocuparem. Estou com dores na anca e no joelho. Algum mal-estar, mas não é grave”, escreveu o campeão nacional na sua página do Facebook.
Rui Costa foi um dos inúmeros ciclistas que caiu ao quilómetro 107 dos 159,5 entre Antuérpia e o muro de Huy, mas conseguiu regressar ao pelotão quando a corrida foi neutralizada pela organização, por não haver assistência médica disponível para todos os corredores afetados, e terminou a etapa na 38.ª posição, a 01.13 minutos do vencedor, o espanhol Joaquim Rodríguez, subindo ao 30.º posto da geral, a 03.10 minutos do líder Chris Froome (Sky).
“Esta Volta a França não está a começar nada bem para mim. Hoje foi o caos”, lamentou posteriormente no seu blog pessoal, contando que deu “uma valente cambalhote” e levou com “uma bicicleta a grande velocidade” em cheio nas costas.
A queda deixou-o com contusões, queimaduras e algumas feridas nas costas, anca e joelho, que o deixam desconfortável para a etapa de terça-feira.
“O pior é que amanhã temos uma etapa importantíssima e super dura, a etapa do ‘pavé’. Uma autêntica Paris-Roubaix em pleno Tour. O trepidar do paralelo a juntar às mazelas... é melhor não pensar e simplesmente focar-me no objetivo. Vamos ver como acordo amanhã. Espero estar melhor e conseguir passar bem a dificuldade”, completou.
Outro dos ‘azarados’ foi José Mendes, que considerou que, apesar do aparato da queda, a gravidade podia ter sido pior.
“O que me está preocupar mais é um hematoma que tenho no músculo acima do joelho, que me dificultou imenso a tarefa de terminar a etapa. Neste momento não parece ser nada de grave, mas vamos ver como evoluem as lesões provocadas pela queda”, disse à agência Lusa o vimaranense, que foi 162.º, a 11.02 minutos, e desceu à 163.ª posição da geral.
Entretanto Nélson Oliveira (Lampre-Merida) escapou incólume às quedas – completou a tirada no 107.º lugar, a 06.13 minutos, e é agora 79.º, a 08.13 do britânico da Sky -, bem como Tiago Machado.
“Ainda bem que hoje se neutralizou a etapa devido às duas quedas aparatosas que houve, mas por que não se fez o mesmo ontem? É que o pelotão partiu-se definitivamente quando houve quedas antes de uma viragem e as equipas iam na sua maioria desorganizadas”, questionou o ciclista da Katusha, que hoje celebrou a vitória do seu colega Joaquim Rodríguez.
O ciclista de Famalicão chegou uma posição atrás de Rui Costa e escalou até ao 59.º posto da geral, a 06.41 minutos de Froome.
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