O português Samuel Caldeira espera que a W52-FC Porto conquiste a Volta a Portugal em bicicleta, que será a sétima de uma equipa sua, e justifique a sua escolha do dorsal. “Não é por acaso que tenho o número sete, porque, se vencer esta Volta, vai ser a sétima. É um número de que gosto e escolhi-o por poder ser a minha sétima vitória. Espero que, no final, a consiga concretizar”, afirmou o algarvio dos ‘dragões’, em declarações à agência Lusa.

Desde 2009, Caldeira apenas ‘falhou’ o quinto e último triunfo de David Blanco em 2012, na Efapel, depois de ter trabalhado para duas vitórias do espanhol, no Tavira (2009 e 2010), uma de Ricardo Mestre (2011), também na formação algarvia, uma de Alejandro Marque (2013) e duas de Gustavo Veloso (2014 e 2015). “Fico mais feliz com a vitória final na geral do que uma vitória pessoal numa etapa. Independentemente de quem seja, o Rui, o Gustavo, o Ricardo ou até eu, se conseguisse…”, referiu.

A sétima vitória de seus companheiros de equipa está dependente do contrarrelógio de hoje, de 32 quilómetros, entre Vila Franca de Xira e Lisboa, para o qual os ‘dragões’ partem com dois homens na frente, caso do líder Rui Vinhas e o bicampeão Veloso a 2.35 minutos do camisola amarela. “A equipa trabalhou bem para conquistar a camisola amarela. Estava tudo delineado para o Gustavo, mas as equipas adormeceram um bocadinho no dia em que o Rui Vinhas saiu na frente e ele está a aproveitar bem a oportunidade”, reconheceu Caldeira, reiterando a indiferença quanto ao vencedor final.

Depois de reeditar na Volta o domínio ‘azul e branco’ nas provas anteriores da temporada, Caldeira ainda tentou uma vitória numa etapa, não conseguindo melhor do que os segundos lugares em Castelo Branco e Arruda dos Vinhos, nas sétima e oitava etapas, para concretizar um objetivo secundário.

“Tenho de deixar completamente de pensar em mim e pensar no principal objetivo da equipa, que é vencer a Volta. O objetivo pessoal de vencer etapas ao ‘sprint’ fica completamente para segundo plano, porque as minhas forças estão um pouco mais justas do que os meus adversários”, sublinhou, admitindo que a vantagem de Vinhas e a segunda posição de Veloso deixou a formação mais descansada do que em anos anteriores.

Com o trabalho feito nas etapas em linha, Caldeira já dá como terminada a sua participação na Volta a Portugal, que só não terminou em 2013. “Para mim a Volta já terminou, vou para o contrarrelógio para cumprir calendário, chegar ao final e ficar ansioso pela corrida do Rui e do Gustavo. Vamos assistir no autocarro, todos juntos”, concluiu.