Rui Costa assumiu hoje estar a viver um sonho ao vestir a camisola de campeão do mundo de ciclismo na 40.ª Volta ao Algarve, mas escusou-se a assumir o favoritismo para a amarela final.
"O meu sonho estou a vivê-lo. O sonho é desfrutar desta camisola de campeão do mundo, ainda mais aqui em Portugal", reconheceu numa conferência de imprensa de antevisão da participação na "Algarvia".
O corredor da Lampre-Merida confessou que para si "é muito importante" correr em Portugal com a camisola de campeão do mundo.
"É uma alegria, sobretudo porque grande parte dos meus apoiantes são daqui de Portugal. Sempre que puder virei fazer à Volta ao Algarve", prometeu.
Apontado pelo diretor da prova, Cândido Barbosa, como grande favorito à vitória final, Rui Costa sacudiu a pressão e prometeu apenas fazer o que faz sempre, ou seja, o melhor.
"É o Cândido a falar. Eu que já fiz outras provas posso dizer que há alguns ciclistas que estão um degrau acima de mim. Um deles é o [Mixail] Kviatovski, que ganhou uma etapa em Maiorca. Há outros que vêm bastante fortes, como o Tony Martin, ou o [Alberto] Contador, que, apesar de ser a primeira prova, de certeza vai querer ganhar", analisou.
O ciclista da Lampre-Merida assumiu, contudo, que o facto de o contrarrelógio ser mais curto do que em anos anteriores o favorece "relativamente a corredores como o Tony Martin".
"Para mim acaba por ser melhor. O contrarrelógio e o Malhão são ambos curtos, por isso vai ser ela por ela [entre si e os contrarrelogistas]. Somos nós que fazemos a corrida dura", sublinhou.
Pela primeira e única vez em competição em Portugal com a camisola de campeão do mundo, Rui Costa recordou que este ano já tem mais quilómetros nas pernas, mas fez notar que o percurso é "bastante duro".
"É muito importante para nos estar numa boa forma aqui no Algarve relativamente ao que temos pela frente", acrescentou, indicando o Paris-Nice como o seu primeiro grande objetivo da temporada.
O corredor da Póvoa de Varzim admitiu que sente "uma responsabilidade enorme" ao envergar a camisola arco-íris, um peso que já começa a sentir dentro do pelotão.
"Vou ser um corredor mais visto, mais controlado. Vai ser mais complicado", destacou.
O público português poderá ver Rui Costa em "desfile" nas estradas nacionais de quarta-feira a domingo, nas cinco etapas que constituem a 40.ª Volta ao Algarve.
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