O ciclista russo Dimitrii Strakhov (Lokosphinx) somou hoje o quarto triunfo em Portugal este ano, ao ser o mais forte no final da primeira etapa do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela e o primeiro camisola amarela.

Em Figueira de Castelo Rodrigo, 177,3 quilómetros após a partida de Mêda, Strakhov voltou a demonstrar a sua qualidade de excelente finalizador e superiorizou-se claramente a toda a concorrência, cortando a meta em 4:29.17 horas.

Depois da fuga na Clássica da Arrábida e de dois ‘sprints’ vitoriosos na Volta ao Alentejo, Strakhov, de 22 anos, juntou agora a quarta vitória do ano em Portugal à camisola amarela, depois de ter batido no ‘sprint’ final o colombiano Wilmar Paredes (Manzana-Postobón), terceiro classificado na recente Clássica de Amorebieta, e o português Daniel Mestre (Efapel), num reduzido grupo de 22 ciclistas.

Tal como o ano passado, então por Alexander Evtuchenko, a Lokosphinx consegue ter o primeiro líder do GP Beiras e Serra da Estrela, com Strakhov a ter, graças às bonificações, quatro segundos de avanço sobre Paredes e cinco sobre o português César Fonte (W52-FC Porto).

A primeira aposta da equipa russa foi lançada a pouco mais de 50 quilómetros do final, com Dimitrii Sokolov a isolar-se na frente do pelotão, chegando a ter 1.20 minutos de avanço.

Mas o trabalho da colombiana Manzana-Postobón e da norte-americana Rally Cycling acabou com a fuga já muito perto da meta, após a subida a Castelo Rodrigo, a terceira contagem de terceira categoria do dia, a cerca de seis quilómetros da meta.

Com as metas volantes a darem bonificações, as principais equipas portuguesas não permitiram que uma fuga saísse até que fossem ultrapassadas, com Joni Brandão (Sporting-Tavira) e César Fonte a conseguirem cinco segundos cada, enquanto o espanhol Gustavo Veloso (W52-FC Porto) somou dois.

O ciclista dos ‘leões’, vencedor da primeira edição da prova em 2016, lembrou que “nunca se sabe” se se pode “perder por um segundo ou ganhar por um segundo”, pelo que todos os segundos são importantes”.

“Perdi uma Volta a Portugal por quatro segundos, por um segundo se ganha e por um segundo se perde. É melhor apanhá-los eu do que a concorrência”, disse Gustavo Veloso, vencedor de duas Voltas a Portugal.

No sábado, disputa-se a segunda e mais longa etapa, entre Sabugal e Seia, num percurso de 193,9 quilómetros com três contagens de montanha de segunda categoria e um final a subir nos dois quilómetros finais.