A vitória do camisola rosa Michael Matthews (Orica-GreenEdge) na terceira etapa da Volta a Itália em bicicleta passou hoje para segundo plano, devido à queda grave do italiano Domenico Pozzovivo (AG2R-La Mondiale), que assustou o pelotão.

Embora no palmarés da terceira etapa da 98.ª edição do Giro só vá constar o nome de Michael Matthews, que conseguiu o seu segundo triunfo em etapas na prova italiana e reforçou a liderança da geral individual, na memória dos espetadores ficará, certamente, a queda do quinto classificado da Volta a Itália do ano passado e os longos minutos que mediaram entre o aparato em seu redor e a confirmação de que o ciclista italiano estava consciente e estável.

Quando faltavam percorrer 38 dos 136 quilómetros entre Rapallo e Sestri, em plena descida depois da contagem de segunda categoria do dia, o corredor da AG2R-La Mondiale viu a roda da bicicleta fugir-lhe e foi embater de cara no chão.

A imagem de Pozzovivo imobilizado no chão fez lembrar a queda trágica do belga Wouter Weylandt, que perdeu a vida numa descida do Giro em 2011, mas depois de uma dezena de minutos e da retirada em maca do ciclista, que seguiu de ambulância para o hospital, a televisão italiana e a própria equipa confirmaram que o corredor de 32 anos não corre risco de vida.

“O ciclista está lúcido e consciente. A sua condição é grave, mas está controlada. Não é uma situação de emergência”, informou o médico-chefe da prova, Giovanni Tredici, revelando que as lesões são graves, mas que não existiu traumatismo crânio-encefálico.

Sem se aperceber da gravidade da queda de Pozzovivo, o pelotão prosseguiu a grande velocidade, mesmo a tempo de anular a fuga do dia, que chegou a ter 25 elementos e esgotou-se, depois de quase 130 quilómetros, com o último esforço dos combativos com Pavel Kochetkov (Katusha), o mais combativo, Adam Hansen (Lotto Soudal), Maciej Paterski (CCC) e Simon Clarke (Orica-GreenEdge).

Feita a junção, depois de um trabalho organizado da Tinkoff-Saxo, a discussão ficou entregue aos ‘sprinters’ que conseguiram ultrapassar a contagem de segunda categoria do dia, com Matthews a ser o melhor, à frente do Fabio Fellini (Trek) e do belga Philippe Gilbert (BMC).

O australiano, de 24 anos, somou assim a sua segunda vitória individual no Giro (ganhou a sexta etapa em 2014, ano em que andou vestido de rosa durante seis dias) e ampliou a diferença para os perseguidores na geral individual, os seus compatriotas e colegas de equipa Simon Clarke e Simon Gerrans.

Matthews, que cumpriu a terceira etapa em 03:33.53 horas, tem agora seis segundos de vantagem para Clarke e dez para Gerrans e para o colombiano Johan Esteban Chaves, também da Orica-GreenEdge.

Entre os portugueses, apenas André Cardoso (Cannondale-Garmin) chegou no primeiro grupo, na 28.ª posição, com Sérgio Paulinho (Tinkoff-Saxo) a ser 77.º classificado, a 04.08 minutos, e Fábio Silvestre (Trek) a ser 169.º, a 22.12 minutos.

Na geral, Cardoso está no 48.º lugar, a 01.03 minutos de Matthews, Paulinho é 76.º, a 07.51 minutos, e Silvestre ocupa a 146.ª posição, a 23.18 minutos do australiano.

Na terça-feira, a quarta etapa vai ligar Chiavari a La Spezia, num percurso acidentado de 150 quilómetros.

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