A Team Sky negou hoje que a saída do ciclista australiano Michael Rogers se deva à política antidoping da equipa britânica, que já levou ao afastamento de três diretores desportivos devido a um passado de envolvimento com doping.
Na sexta-feira, Michael Rogers anunciou que correrá as próximas duas temporadas pela Saxo-Tinkoff, do espanhol Alberto Contador, algo que levantou suspeitas quanto a um eventual afastamento por parte da Sky, devido à sua ligação ao médico italiano Michele Ferrari, irradiado do desporto na sequência do «caso Armstrong».
«Michael foi entrevistado em outubro na concentração da equipa, como todos os ciclistas, e não houve qualquer admissão ou revelação que o obrigassem a sair», explicou a formação britânica em comunicado.
Na nota, é esclarecido que o corredor australiano quis abraçar um novo desafio e que nunca houve dúvidas relativamente ao seu comportamento.
A Sky tem uma política de tolerância zero e obrigou todos os membros do “staff” e ciclistas a assinarem uma declaração antidoping, garantindo que nunca tiveram qualquer envolvimento com práticas e/ou substâncias dopantes.
A medida resultou no despedimento dos diretores desportivos Sean Yates, Bobby Julich e Steven De Jongh e na retirada do ciclista Michael Barry, que admitiu ter-se dopado no processo da Agência Antidopagem norte-americana contra Lance Armstrong, desclassificado de todos os resultados desportivos, a partir de 1998, pelo envolvimento no sistema de dopagem «mais sofisticado» na história do desporto.
Rogers reconheceu ter trabalhado com Michele Ferrari, o polémico médico italiano citado em vários processos de doping, nas temporadas de 2005 e 2006, apenas no planeamento de treinos.
No entanto, o triplo campeão mundial de contrarrelógio (2003-2005) foi apontado por Levi Leipheimer como um dos clientes de Ferrari nos estágios das anteriores equipas de Lance Armstrong.
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